Pandemia de Covid-19 pode reduzir drasticamente o valor das marcas de luxo
Ainda não paramos de medir a extensão dos danos causados pela Covid-19 na moda, em particular no setor do luxo. De acordo com a Brand Finance, o valor das 50 principais marcas de luxo e premium pode cair mais de 35 bilhões de dólares, e o das 500 marcas mais valiosas do mundo pode cair 1 trilhão devido à pandemia.
Esta é a conclusão da consultoria londrina, que acaba de publicar o ranking das 50 marcas de luxo mais valiosas de 2020, liderado pela Porsche. A marca alemã de automóveis é seguida pela Gucci, Louis Vuitton, Cartier, Chanel e Hermès, com a Coach na décima posição.
Mais uma vez, as marcas francesas dominam o ranking com crescimento sustentado de valor. Cinco compõe o top 10: Louis Vuitton (+21,4%), Cartier (+10,1%), Chanel (+19,4%), Hermès (+9,1%), Dior (+8,6%), demonstrando a liderança dos dois gigantes LVMH e Kering na categoria. Gucci, Louis Vuitton, Hermès, Moncler e Bottega Veneta aparecem no top 10 das marcas de luxo mais fortes, lideradas este ano pela Ferrari e pela Rolex.
Vale notar a ascensão meteórica da Givenchy, com o crescimento mais rápido no ranking das marcas de luxo mais valorizadas este ano. Seu valor de marca aumentou 74% para 2 bilhões de dólares, subindo 11 posições, do 37º, para o 26º lugar. "O sólido desempenho e crescimento da Givenchy, em particular de sua divisão de maquiagem e sua fragrância L'Interdit, contribuíram para o forte desempenho financeiro da empresa controladora LVMH em relação ao ano anterior. A marca continuou focada no desenvolvimento e ativação de sua plataforma de comércio eletrônico omnichannel, inicialmente lançada em 2017”, destacou o relatório.
No entanto, essa avaliação construída ao longo dos anos com investimentos significativos está agora seriamente ameaçada pela crise do coronavírus. Segundo a Brand Finance, no que diz respeito ao segmento de moda e luxo, as marcas de vestuário e varejo devem ser as mais afetadas, com uma perda de valor de marca de cerca de 20%, enquanto as marcas de cosméticos devem permanecer imunes ao impacto negativo da pandemia.
Apesar disso, de acordo com a Brand Finance, "mesmo que a crise seja sem precedentes, ela deve acelerar a consolidação do setor de acordo com a capacidade das marcas mais fortes de responder ao fortalecimento dos canais digitais e dos mercados asiáticos”.
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