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Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
6 de mar. de 2020
Tempo de leitura
12 Minutos
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Os 20 melhores desfiles da temporada outono-inverno 2020/21

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
6 de mar. de 2020

Este ano, o "Fashion Month" - que reúne as semanas da moda de Nova York, Londres, Milão e Paris -, não foi como os outros. A maratona começou em Nova York, sem seus quatro maiores nomes - Ralph Lauren, Calvin Klein, Tommy Hilfiger e Tom Ford - e abandonada por quase toda a esfera da moda chinesa, jornalistas, influenciadores, compradores e criadores. E a temporada terminou na sombra do Covid-19, que provocou uma sensação estranha na Semana da Moda de Paris, cujo público raramente foi tão escasso. Ao final desses 33 dias de moda, depois de mais de 300 desfiles, só conseguimos respirar aliviados. Desde o início da temporada em Nova York, onde a principal notícia foi o julgamento de Harvey Weinstein por estupro - ao lado das reportagens dos desfiles da Semana da Moda - as coleções foram marcadas por reivindicações feministas mais ou menos explícitas.

Nesta temporada, assistimos a um verdadeiro festival de coleções sublimes, apresentadas em desfiles de tirar o fôlego. Aqui estão nossos 20 desfiles preferidos de Nova York, Londres, Milão e Paris.


Brandon Maxwell - outono/ inverno 2020 - Moda Feminina - Nova York - © PixelFormula


Brandon Maxwell



Para as mulheres, vestidos longos dignos de uma deusa, jaquetas trespassadas com grandes ombreiras, e casacos em tecido de alta tecnologia com estampa de tartaruga. Para os homens, costumes descontraídos e casacos que dão a aparência de uma estrela de cinema. Nas mãos do texano Brandon Maxwell, o sportswear americano tradicional ganha toques de glamour inimitáveis. Seu desfile de moda, o primeiro grande evento da temporada, aconteceu no Hall of North American Mammals, dentro do Museu de História Natural de Nova York. Não iremos esquecer a visão dos modelos desfilando em meio a ursos, pumas e alces gigantes. Estamos aguardando impacientemente uma marca europeia convidar este jovem desginer de 35 anos para liderar seu estúdio de criação.


Carolina Herrera - outono/ inverno 2020 - Moda Feminina - Nova York - © PixelFormula


Carolina Herrera



Carolina Herrera apresentou uma coleção moderna e elegante em um hangar industrial cujo teto inclinado atingia 60 metros de altura. Vestidos maravilhosos com corte medieval nas bordas, capas cortadas de forma muito precisa; a coleção foi composta de todo tipo de vestidos: longos, de princesa, imperiais, de baile. A marca mais chic do Novo Mundo parece segura nas mãos de seu diretor artístico, Wes Gordon.


Proenza Schouler - outono/ inverno 2020 - Moda Feminina - Nova York - © PixelFormula


Proenza Schouler



A dupla de criadores à frente da Proenza Schouler marcou um retorno notável. Lazaro Hernandez e Jack McCollough revelaram uma silhueta elegante, desenhada com cortes simples e volumes lisonjeiros. Vestidos de crepe pesados com drapeados impecáveis que expunham os ombros; blazers masculinos de grandes dimensões; e vestidos de coquetel em tricô branca com mangas bufantes que lembravam as esculturas de Brancusi. A elegância das estátuas ressuscitada para o evento realizado às margens do Rio Hudson.


Preen by Thornton Bregazzi- outono/ inverno 2020 - Moda Feminina -Londres - © PixelFormula


Preen



O tributo de Preen ao thriller psicológico “Don't Look Now”, sobre um casal à procura de seu filho morto em Veneza, resultou em uma coleção sensacional de jaquetas xadrez - como a usada no filme pelo ator Donald Sutherland - à trajes dourados da nobreza veneziana. Cortando com entusiasmo, a dupla à frente da Preen (Justin Thornton e Thea Bregazzi) criou vestidos pretos com babados dignos de um baile de máscaras no Grande Canal. Suas combinações de roupas e blusas douradas com estampa de diamante "Argyle" foram belíssimas.



JW Anderson-outono/ inverno 2020 - Moda Feminina-Londres - © PixelFormula


JW Anderson



O único estilista que conquistou duas posições no nosso top 20 é Jonathan Anderson, cujo desfile para sua marca, JW Anderson, foi o evento de moda mais marcante da temporada de Londres. Se todas as semanas da moda foram dominadas pelo retorno do volume, sua coleção foi sem dúvida a mais volumosa: casacos enormes com grandes lapelas, vestidos esféricos de celulóide ou vestidos modulares que recordavam os anos 20 com os ombros levemente inflados. Certamente não é a coleção mais acessível para as pessoas comuns - nem a mais comercial - mas como expressão da moda, foi a mais emocionante de todas as propostas vistas em Londres.


Burberry-outono/ inverno 2020 - Moda Feminina-Londres - © PixelFormula


Burberry



Riccardo Tisci não cumpriu completamente sua missão: melhorar os resultados financeiros da célebre marca britânica Burberry, mas isso não o impediu de oferecer uma gama única de produtos altamente desejáveis, apresentados no desfile mais memorável de Londres. O designer italiano construiu uma passarela com espelhos de cem metros no Olympia Exhibition Center; dos dois lados da passarela, as irmãs Labèque tocavam em dois pianos de cauda Steinway. O casting de modelos foi, sem dúvida, o mais luxuoso de toda a temporada, que destacou o trabalho de reinterpretação do trench-coat por Riccardo Tisci em sua coleção - às vezes equipado com mangas de pele falsa, cortado como uma capa de chuva, ou com couro acolchoado. Muito inspirado na Índia e no bairro londrino de Bethnal Green, onde ele viveu durante quando era estudante, o diretor artístico da Burberry se divertiu combinando estampa madras e camisas de rugby; e encerrou seu desfile com um vestido de esposa de marajá resplandecente com lantejoulas de prata que não esqueceremos tão cedo.
 

Jil Sander-outono/ inverno 2020 - Moda Feminina- Milão - © PixelFormula


Jil Sander



O desfile de Jil Sander - que inaugurou a temporada milanesa - foi realizado na Chinatown de Milão, dentro de uma enorme usina abandonada. Um pouco confuso com a escolha do local, o público voltou a relaxar quando viu a coleção, cujas formas fluidas, tecidos imaculados e silhuetas graciosas criaram um momento gracioso, cheio de delicadeza e elegância. Ao final do desfile, todos os 54 modelos se sentaram em duas fileiras de cadeiras de madeira para receber os aplausos entusiasmados do público. Naquele momento, ainda não fazíamos ideia que a temporada italiana terminaria em clima de pânico apenas quatro dias depois.


Max Mara-outono/ inverno 2020 - Moda Feminina- Milão - © PixelFormula


Max Mara



Poucos designers deixaram um impacto tão grande quanto Ian Griffiths na Max Mara. Nesta temporada, ele buscou inspiração nos anos 80 e suas grandes ombreiras, surfando no espírito do empoderamento feminino que percorreu um grande número de coleções milanesas. Sem abrir mão de sua visão graciosa e de suas referências ao universo marítimo, a coleção foi repleta de excelentes casacos de oficiais, amplos casacos de cashmere e capas de chuva com borlas. Um ar de Corto Maltese em Kaia Gerber, onipresente nesta temporada.


Prada-outono/ inverno 2020 - Moda Feminina- Milão - © PixelFormula


Prada



Na Prada, vimos mulheres sublimes e poderosas desfilando diante de uma estátua do Atlas em um cenário digno de Chirico, construído na Fondazione Prada. Três dias depois, Miuccia Prada surpreendeu o mundo da moda ao anunciar sua decisão de compartilhar com Raf Simons a direção criativa da marca que leva seu nome, a partir de 1º de abril. Em seu último desfile solo na Prada, Miuccia optou por subverter vários clichês da moda feminina - estampas florais, tops transparentes ou terninhos de mulher de negócios - combinando-os com peças inesperadas: blazers de apenas um botão perfeitamente cortados e acinturados, usados com saias de bezerro inteiramente compostas por franjas, ou ainda jaquetas elegantes ​​com saias até o joelho, mas com grandes fendas na parte da coxa. Depois do anúncio dessa aposentadoria parcial, a maioria dos jornalistas de moda vem dizendo que o crescimento um tanto lento da Prada nos últimos anos se deve mais às más decisões de marketing e merchandising do que à sua direção criativa. Esta coleção da Prada foi absolutamente perfeita: para dizer a verdade, ela fez parte do Top 5 de outros profissionais que encontramos ao longo da temporada.


Fendi-outono/ inverno 2020 - Moda Feminina- Milão - © PixelFormula


Fendi



Na Fendi, o desfile de moda outono-inverno 2020 pareceu um espetáculo de Grand Guignol. O evento apresentou a melhor coleção de Silvia Venturini Fendi até hoje. Apenas um ano após a morte do grande Karl Lagerfeld, a herdeira da marca romana se estabeleceu como um nome poderoso no mundo da moda. Inteiramente rosa, como a passarela ondulada do desfile de moda, mas coberta com toques de cinza, a coleção triunfou em uma certa visão de luxo, particularmente opulenta. Casacos militares com formas envolventes, mangas de couro estilo tatu, casacos de cashmere em forma de casulo e conjuntos de couro marrom, todos vestidos por um time de supermodelos - de Bella a Gigi Hadid, passando por Mariacarla Boscono, nas quais as roupas se transformaram em verdadeiras armaduras.
 

Versace-outono/ inverno 2020 - Moda Feminina- Milão - © PixelFormula


Versace



Donatella Versace celebrou seu primeiro desfile de moda verdadeiramente misto com uma coleção muito linear, com pernas à mostra e cintura marcada. A decoração do evento foi uma maravilha tecnológica gigante: uma parede de LED de 80 metros de comprimento e 5 metros de altura que projetava centenas de rostos de Donatella. O desfile terminou com uma explosão visual digna de um filme de ficção científica. A coleção foi invadida pela letra “V”, em malas python, camisas esportivas universitárias, agasalhos e meias brancas. Os novos investidores americanos da Versace estão visivelmente dando vida nova à marca italiana.


Bottega Veneta -outono/ inverno 2020 - Moda Feminina- Milão - © PixelFormula


Bottega Veneta



Na Bottega Veneta, Daniel Lee assinou o desfile e a coleção de moda mais concisos de toda a temporada milanesa. No meio do "Fashion Month", não se pode deixar de notar que os sapatos must-have da temporada são as sandálias acolchoadas em couro trançado "intreccio" apresentadas por Daniel Lee para a primavera-verão de 2020, usadas por dezenas de jornalistas e compradores do mundo todo. Esta coleção marcou uma nova etapa para o criador da BV, que montou uma decoração absolutamente sublime composta por imagens digitais de mansões renascentistas e estátuas antigas, que gradualmente ganharam vida. O desfile, misto, apresentou para os homens casacos militares com corte perfeito, que certamente agradariam aos arquitetos antigos que inspiraram esse desfile; e, para as mulheres, terninhos alongados para o trabalho durante o dia, e vestidos de lantejoulas ou vestidos evasê para a noite. Sem nunca faltar elegância, relevância e inteligência.


Dior - outono/ inverno 2020 - Moda Feminina- Paris - © PixelFormula


Dior



O primeiro grande desfile de Paris foi o da Christian Dior por Maria Grazia Chiuri, que embarcou de volta às suas raízes, com referências à sua juventude levemente rebelde no início dos anos 80 em Roma. O espetáculo abriu com costumes masculinos adoráveis, vestidos com alças finas perfeitamente cortados, marcados com cintos com logotipo com as iniciais “CD”, combinados com botas militares. De fato, cerca de um terço de todas as mulheres que compareceram a esta temporada usaram botas robustas, especialmente em Paris, onde choveu a semana toda. Uma tendência lançada por Chiuri, pioneira também na questão do empoderamento feminino. Nesta temporada, na tenda construída pela Dior dentro do Jardin des Tuileries, o local foi invadido pelos enormes sinais luminosos de Claire Fontaine com os dizeres: Women Raise the Uprising, Women are the Moon that Moves the Tides, Patriarchy=Climate Emergency, e When Women Strike the World Stops.
 

Lanvin -outono/ inverno 2020 - Moda Feminina-Paris - © PixelFormula


Lanvin



Hoje em dia, poucos estilistas escrevem páginas tão inovadoras quanto Bruno Sialelli, cujo último trabalho para a Lanvin foi um momento de exaltação absoluta. Sua coleção foi apresentada por modelos de todas as idades na Manufacture des Gobelins, provavelmente a marca de luxo mais antiga, fundada por Luís 14, o Rei Sol. As roupas exalavam uma sensação de riqueza exótica, dos vestidos bufantes em musselina branca às charmosas capas de plumas, passando pelos boleros de feltro perfeitamente cortados aos vestidos transparentes sedutores. O desfile chegou ao clímax com uma série de casacos brancos cortados em um tecido imaculado de plumas, pintados à mão com muito bom gosto. A moda francesa no seu melhor.


Loewe -outono/ inverno 2020 - Moda Feminina-Paris - © PixelFormula


Loewe 



Dissemos mais acima que o único estilista que conquistou duas posições no nosso top 20 - e pela segunda temporada consecutiva! - foi Jonathan Anderson. Na Loewe, sua mistura habitual de Renascimento espanhol, descontração de "Ibiza" e elegância parisiense ganhou desta vez um novo elemento: o ceramista Takuro Kuwata, vencedor do último prêmio Loewe. O resultado desta colaboração: placas e emblemas esmaltados, em uma coleção na qual sedas douradas e brocados contrastavam com lãs escuras, mais funcionais. Um espírito que lembrava mais Van Eyck do que Velasquez atravessou esta coleção verdadeiramente revolucionária do designer irlandês.
 

Balenciaga-outono/ inverno 2020 - Moda Feminina- Paris - © PixelFormula


Balenciaga



Na Balenciaga, a coleção foi certamente apocalíptica, mas de modo algum distópica. Sobretudo muito chic. A passarela era um lago em miniatura com água muito escura e, acima dela, uma tela gigante projetava visões de tempestades e relâmpagos. As mudanças climáticas foram destacadas nesta coleção, que também foi repleta de referências espanholas, como as golas altas de Cristóbal e as onipresentes inspirações religiosas. As proporções foram todas exageradas, como nos vestidos de asas de morcego que lembravam a Sagrada Família de Gaudi. É difícil esquecer que é Demna Gvasalia quem está no comando da maison parisiense, dado os muitos logotipos "blncg" impressos nas jaquetas brancas da coleção.


Thom Browne -outono/ inverno 2020 - Moda Feminina-Paris - © PixelFormula


Thom Browne



Nesta temporada, o designer americano decidiu prestar homenagem ao "preppie". O desfile foi uma performance artística, realizada em uma floresta de bétulas recriada dentro da Beaux-Arts de Paris. Um diretor de circo acompanhou 33 casais na passarela: meninos e meninas que usavam roupas idênticas. Thom Browne propôs outra releitura de seu produto emblemático - o terno de flanela cinza - desta vez com a parte de cima minúscula, ombros exagerados, lapelas caídas, adornado com pérolas, cristais e fitas de gorgorão. O estilista se confirma novamente como o mais conceitual e coerente do mundo da moda, mas também com uma boa visão comercial.


Valentino -outono/ inverno 2020 - Moda Feminina-Paris - © PixelFormula


Valentino



Em uma temporada ainda dominada pelo volume, o estilista que abriu esse caminho, Pierpaolo Piccioli, subitamente se afastou do movimento que lançou. Ele também escureceu sua paleta de cores e endureceu a atitude das modelos para desenvolver uma coleção de princesas punk “não categorizadas", como ele mesmo descreveu, ou seja, pouco interessadas em questões de gênero. A maioria das modelos, aliás, trocaram seus escarpins Valentino por botas militares, inclusive para a noite, usando-as com vestidos bordados de lantejoulas. Não há dúvidas de que esta nova coleção terá uma grande influência ao redor do mundo.


Chanel -outono/ inverno 2020 - Moda Feminina- Paris - © PixelFormula


Chanel



Nesta temporada, a Chanel celebrou a sororidade feminina à francesa. Uma moda levemente tingida de referências históricas, inspirada em grandes clássicos do cinema francês, como Peau d'Âne ou Les Biches, o conto sombrio de Claude Chabrol sobre o amor entre mulheres. A coleção foi apresentada por duplas ou trios de modelos que desfilaram de mãos dadas, conversando alegremente. Calças de montaria usadas com sublimes camisas brancas, versões novas e muito lisonjeiras do famoso cardigã de quatro bolsos, vestidos-casacos com 12 botões, muito delicados, todos adornados com imponentes bijuterias bizantinas. Sem dúvida, o desfile mais romântico da temporada, que suavizou a melancolia provocada pela chuva torrencial que caía do lado de fora, no teto de vidro do Grand Palais.
 

Louis Vuitton -outono/ inverno 2020 - Moda Feminina- Paris - © PixelFormula


Louis Vuitton



Sem dúvida, o desfile mais espetacular de toda a temporada, graças ao olhar infalível da produtora Es Devlin e ao cenário monumental. Cerca de 200 cantores de ópera em trajes históricos, vestidos pela figurinista vencedora do Oscar, Milena Canonero; enormes pinturas vivas de pé, cantando juntos à trilha sonora eletrônica e barroca composta por Woodkid e Bryce Dessner. A coleção também não deixou a desejar: Nicolas Ghesquière, em ótima forma, mergulhou em várias épocas e misturou gêneros. Calças cigarette com listras clássicas, coletes e jaquetas que pareciam cortados na Savile Row, com bolsos inclinados. As peças ganharam acabamentos tecnológicos dignos da era espacial, com jacquards prateados, calças militares e moon boots. Uma mistura ousada que concluiu de forma fabulosa a temporada de outono-inverno 2020/21, e proporcionou uma visão vigorosa sobre a moda e a nossa relação com o tempo.

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