Europa Press
23 de nov. de 2022
OCDE prevê desaceleração na América Latina em 2023 diante de cenário financeiro mais restritivo
Europa Press
23 de nov. de 2022
De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) as economias latino-americanas perderão força durante 2023 e 2024 devido às condições financeiras nacionais e globais mais restritivas.

Em nova edição de seu relatório bianual 'Perspectivas Econômicas', a entidade estima que os países latino-americanos crescerão entre 0,5% e 2,6% em 2023, ante os 3,8% de crescimento médio que essas economias terão no final deste ano.
Este abrandamento econômico está em linha com a tendência mundial, uma vez que, segundo a OCDE, o PIB mundial deve diminuir de 3,1% em 2022 para 2,2% em 2023 e voltar a se recuperar em 2024, atingindo modestos 2,7%
"As principais economias latino-americanas tiveram um desempenho melhor do que o esperado em 2022, especialmente entre os segmentos de alimentos e energia, que se beneficiaram de melhores termos de troca. No entanto, essa recuperação deve perder força durante 2023 e 2024, entre uma retirada da maioria do apoio fiscal restante e preços de commodities menos dinâmicos", diz o relatório.
Colômbia sofre a maior desaceleração
Por país, a economia colombiana é a que sofrerá o maior abrandamento em 2023, passando de um crescimento de 8,1% em 2022 para 1,2% no próximo ano, segundo os dados da OCDE.
No entanto, a Colômbia ficará acima de outros países como Argentina ou Chile, que crescerão apenas 0,5%, ou no mesmo patamar do Brasil, que também crescerá 1,2% e cuja economia não será tão dinâmica neste ano, encerrando 2022 com um aumento de 2,8%.
Por sua vez, o Peru será o país que sofrerá menos desaceleração econômica, passando de um avanço de 2,7% em 2022 para 2,6% em 2023. A segunda economia da América Latina que mais crescerá será a Costa Rica, em torno de 2,3%.
Olhando para 2024, alguns países ainda estarão longe dos níveis de 2022. É o caso da Argentina, que passará de 4,4% neste ano para 1,8% em 2024, ou do Brasil, que terá seu crescimento reduzido pela metade, de 2,8% para 1,4%.
Enquanto isso, outros como Peru ou Chile crescerão acima dos níveis de 2022 (2,9% e 2,6%, respectivamente). Ao mesmo tempo, o México permanecerá 0,4 pontos atrás do crescimento de 2022.
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