O belo gesto de Nina Ricci
Nina Ricci apresentou um desfile alegre e espirituoso, uma mistura da Legião Estrangeira com Dom Quixote, realizado diante do local que abriga o túmulo de Napoleão, em Paris.

Sob uma tenda de circo, as modelos atravessaram o piso empoeirado e bege que recebe os milhões de turistas que visitam Paris, mas que se revelou ideal para o conceito-chave da coleção.
Esta foi uma coleção surpreendente: com esplêndidos tops em renda e blusas com ombreiras de uniforme de oficiais, jaquetas de safari, que os franceses chamam de sahariennes, com bolsos em forma de V, shorts estilo colonial até o joelho e calças flare em algodão. Roupas perfeitas para um encontro romântico com Gary Cooper.
As peças que evocavam Miguel de Cervantes foram menos atraentes, em especial os casacos de ópera com ombros pontudos, e vestidos de renda com estampas abstratas cobertos com mini-boás de penas, que não funcionou muito bem.
O uso de uma estampa com a imagem das Três Graças, e o redesenho inteligente do logotipo histórico de Nina Ricci foi interessante, e impossível não amar o finale: os acordes monumentais da sétima sinfonia de Beethoven ressoavam quando as modelos saíram da tenda, e ficaram em frente ao gigante mausoléu de Napoleão, onde o estilista Guillaume Henry veio receber os aplausos.
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