
Helena OSORIO
22 de jan. de 2021
O adeus a Gernot Langes-Swarovski – o "rei dos cristais"

Helena OSORIO
22 de jan. de 2021
O bilionário austríaco Gernot Langes-Swarovski – conhecido como o "rei dos cristais" – faleceu aos 77 anos, na quarta-feira (21 de janeiro), em decorrência de uma doença grave. Como sócio limitado e CEO da Swarovski, ele liderou desde meados da década de 1960, durante 35 anos, a empresa familiar de cristais fundada por seu bisavô em 1895. A fase de sua liderança representa a de maior crescimento da Swarovski. As cerimônias fúnebres serão restritas ao círculo familiar mais próximo.

Como bisneto do fundador Daniel Swarovski, aos 24 anos Gernot Langes-Swarovski já era membro do conselho de administração da Swarovski. Sob a sua liderança, a primeira loja em Nova York foi inaugurada nos anos 80, assim como o museu de André Heller, Swarovski Kristallwelten em Wattens.
Natural de Wattens (cidade da Áustria onde está sediada a Swarovski), Langes-Swarovski recebeu vários prêmios no país, foi presidente do clube de futebol austríaco WSG Wattens (agora chamado WSG Swarovski Wattens) e fundador da Tyrolean Airways.
O bilionário referido na Forbes foi também proprietário do Sparkling Hill, um spa no Canadá com mais de 3,5 milhões de cristais Swarovski; e de vinhedos na China e na Argentina geridas pelo filho Michael. Sua filha Diana assumiu, em 2013, o cargo de presidente do WSG Swarovski Wattens. Seu filho Markus é CEO da Swarovski.

Em 2002, Gernot Langes-Swarovski entregou as funções de vendas e marketing no grupo ao filho Markus e deixou o Conselho Consultivo Swarovski em 2010. Isto depois de abrir o caminho para a ascensão da empresa como uma marca internacionalmente procurada e única, atualmente um dos grupos de joalheria de maior sucesso presente em todo o mundo.
A reforma (e porventura a doença) também levou Langes-Swarovski a se afastar da vida pública, embora permanecesse sempre leal (e até ao fim) aos jogos em casa dos "seus" WSG Wattens.
O carismático e empreendedor Gernot Langes-Swarovski deixa saudades, em um momento em que o grupo liderado pelo CEO Robert Buchbauer é repetidamente notícia devido às demissões em massa e disputas familiares internas. Vale destacar que, na ocasião de sua saída, o grupo gerava 1,7 bilhão de euros em vendas ao ano e empregava cerca de 14.000 pessoas em todo o mundo.
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