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AFP-Relaxnews
Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
24 de nov. de 2020
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Modelos negras ganham visibilidade nas passarelas brasileiras

Por
AFP-Relaxnews
Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
24 de nov. de 2020

As modelos afro-brasileiras Shirley Pitta e Gloria Maria Fonseca Siqueira sonhavam com a passarela desde meninas, mas no mundo da moda brasileira muito mais branco do que o próprio país isso era um sonho distante até recentemente.
   


Em um sinal da mudança dos tempos no Brasil e em outros lugares, a dupla viu seus sonhos se tornarem realidade na São Paulo Fashion Week deste ano. O SPFW, um dos principais eventos do setor, exigiu que pelo menos metade das modelos de todas as marcas fossem pessoas de cor esse ano, um movimento elogiado por ativistas dos direitos dos índios e negros.

“Demorei para me ver como uma pessoa bonita, uma pessoa que existe. Porque na televisão, sempre vi coisas que eu não era”, diz Shirley Pitta, de 21 anos, cujo portfólio já inclui trabalhos para as principais revistas de moda Vogue, Elle e Marie Claire. 

Ela se autodenomina uma "favelada negra do Nordeste", referindo-se às favelas da região mais pobre do Brasil. Sua história moderna de Cinderela chamou tanta atenção quanto sua aparência marcante. Antes de ser descoberta em 2018, ela passava os dias vendendo sanduíches do lado de fora do zoológico de sua cidade natal, Salvador.

“Estávamos lá todos os dias, inclusive aos sábados, domingos e feriados. Chegávamos de manhã e trabalhávamos até à noite”, disse ela à AFP entre os desfiles da SPFW, enquanto o Brasil se preparava para comemorar o Dia da Consciência Negra na última sexta-feira (20).

Com seus cabelos curtos, maçãs do rosto salientes e olhar penetrante, Pitta exala uma confiança que ela diz não vir tão facilmente como parece. "Quando eu era pequena, costumava enrolar toalhas em volta da cabeça", com vergonha da aparência de seu cabelo, diz ela. "É importante falar sobre essas coisas, porque nossos filhos não terão cabelos longos e lisos quando crescerem e precisam saber que isso não é um problema. É algo lindo".

No Brasil, último país das Américas a abolir a escravidão - em 1888 - cerca de 55% da população se identifica como negra ou parda. Mas embora os brancos ganhem em média 74% a mais do que os negros, um debate nacional sobre desigualdade racial só começou há relativamente pouco tempo.

A conversa talvez tenha sido atrasada por uma ideia arraigada entre a elite brasileira de que o país era uma "democracia racial" protegida do racismo pelo fato de a maioria das pessoas ter alguma ascendência negra ou indígena. Portanto, foi um sinal de mudança radical quando o SPFW - realizado em formato digital neste ano por causa da pandemia do coronavírus - exigiu uma seleção mais inclusiva. Isso abriu as portas para Shirley Pitta e Gloria Maria Fonseca Siqueira, de 17 anos.


“Eu nunca vou conseguir” 

Alta e magra, com um cabelo afro exuberante, Gloria Maria Fonseca Siqueira diz que demorou muito para perceber que poderia ter um futuro no mundo da moda, apesar das pessoas dizerem que ela tinha potencial como modelo.

"Eu nunca vou conseguir", ela se lembra de ter pensado quando viu o catálogo de modelos na Ford Models, uma das principais agências do setor, aos 15 anos de idade. Agora, ela dá entrevistas da sede da agência em São Paulo. “Eu não estava confiante. Achava que não era bonita o suficiente”, diz ela. "Mas agora eu sei que posso viajar o mundo com isso".

A caçula de sete filhos de uma família de classe média baixa, Gloria Maria cresceu admirando modelos como Naomi Campbell e Adut Akech. Ela vê o Brasil, lar da supermodelo Gisele Bundchen, como um país de diversidade, algo que ela gostaria de ver abraçar por seus aspectos positivos.

“Às vezes as pessoas sentem que são inferiores porque são diferentes e tentam se ajustar a um padrão que não lhes pertence. Elas não percebem que ser diferente é único”, diz ela. Shirley Pitta vê o setor em um ponto de inflexão. “Estamos rompendo barreiras. Não vou ficar sentada pensando no passado. Estamos avançando”, diz ela.

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