Agência LUSA
15 de mar. de 2015
ModaLisboa : Carlos Gil encerrou 2º dia em que a música ao vivo chegou à passerela lisboeta
Agência LUSA
15 de mar. de 2015
Lisboa (Lusa) – A apresentação da coleção de Carlos Gil para o próximo inverno fechou no sábado o segundo dia de ModaLisboa, no Pátio da Galé, num dia em que a música ao vivo entrou na passerela.
Em “All In. The Lucky Game” [Todos dentro. O Jogo de Sorte], o criador do Fundão apostou numa “fusão de estilos e silhuetas, texturas e materiais”, explicou.
O conceito de jogo esteve representado através de símbolos dos naipes de cartas, estampados em tecidos, alguns deles tecnológicos, que foram “conjugados com matérias-primas naturais”, criando “uma figura arrojada e equilibrada para uma mulher audaz, que desafia a sua sorte todos os dias”.
O segundo dia da 44.ª edição arrancou pelas 14h30 na Casa da Balança da Marinha Portuguesa, um local com vista para o Tejo e onde parte da passerela ficou ao ar livre, atraindo o olhar de quem passeava na Ribeira das Naus e parou por alguns minutos para ver o desfile de Valentim Quaresma.
A apresentação da coleção “Cinematic” teve direito a música ao vivo do projeto ((ASA)), de David Francisco e Melissa Veras, cujo álbum “Closer” será editado em abril.
A inspiração de “Cinematic” surge de "um processo criativo ligado ao cinema”, explicou o designer de joias, e remete para o universo “A Guerra dos Tronos”, a coleção de livros de George RR Martin adaptado para série televisiva.
Desta vez, Valentim Quaresma teve como materiais de eleição a alpaca, o latão, o alumínio e o cobre.
Perto das 16h00 houve mais música ao vivo na Praça do Município e fora do calendário da ModaLisboa. Por essa hora chegou ao local o protesto pela conservação da Escola de Música do Conservatório Nacional. Um coro cantou “Acordai”, de Fernando Lopes Graça, o hino de Portugal e uma canção de apelo à salvação da instituição de ensino.
Os restantes desfiles decorreram todos no Pátio da Galé, onde nesta edição a passerela forma um quadrado.
Quem também optou por musicar o desfile ao vivo, tal como tinha feito na última edição, foi Luís Carvalho.
Desta vez, o designer de moda convidou Isaura, que cantou “Useless”, o seu único single conhecido, coproduzido com Raez e Cut Slack.
Para o próximo inverno, Luís Carvalho apresentou uma coleção “estruturada, onde a leveza e a fluidez dos anos 30 ganham forma e contraste com a rigidez e estrutura dos materiais”.
Nas cores, o jovem criador optou pelo preto, vários tons de verdes, bege e mostarda, que aplicou em fazendas, jackard, crepes e tricotados.
Dos anos 30 passou-se para os anos 70, com a coleção de Ricardo Preto, que poderia ter sido usada pela cantora norte-americana Janis Joplin, de cujo repertório o criador escolheu um tema para fechar o desfile onde se destacam as transparências, as aplicações em pelo e os cortes geométricos.
Já na coleção de Alexandra Moura, onde o branco e o preto foram as cores dominantes, destaque para as sobreposições, camadas, excessos e volumetrias que “criam uma nova silhueta e impacto visual que revela conforto e proteção”.
Miguel Vieira apresentou uma coleção “minimalista e luxuosa, inspirada nos materiais utilizados, nos próprios tecidos e no seu processo de implementação”, feita de muitos ternos, para eles, e vestidos, para elas, com tons entre o preto, o bege, o castanho e o bordeaux.
A coleção de Aleksandar Protic foi “um novo olhar para as várias obras de Georgia O’Keeffe [pintora norte-americana falecida em 1986]”, o que resultou numa “combinação de formas geométricas, estruturadas e outras mais fluidas, drapeados”.
No sábado foram ainda apresentadas as propostas para o próximo inverno do convidado desta edição, o polaco Dawid Tomaszewski.
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