Reuters API
22 de jun. de 2022
Mercado de luxo global deve crescer 5% este ano
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22 de jun. de 2022
De acordo com estimativas da consultoria Bain, as vendas globais de bens pessoais de luxo devem aumentar pelo menos 5% este ano, à medida que os consumidores dos EUA e da Europa continuam a comprar relógios, joias e sapatos de luxo, apesar da incerteza política e da inflação crescente. "O consumo não parece ter sido afetado até o momento", disse Claudia D'Arpizio, sócia da Bain, à Reuters.

A Bain estima que as vendas globais de bens pessoais de luxo atingirão pelo menos 305 bilhões de euros este ano, com base em sua estimativa mais conservadora, e até 330 bilhões de euros em um cenário mais otimista, aproveitando sua rápida recuperação após o fim da pandemia. A estimativa anterior era de 300-310 bilhões de euros.
A Bain aumentou a sua previsão para levar em conta as fortes vendas atuais, disse D'Arpizio, apesar do flutuante mercado de ações dos EUA e das preocupações com uma possível recessão econômica. "Estamos cientes de que estamos em um ambiente muito turbulento", ressaltou.
Analistas da Bain observaram que as vendas globais de artigos pessoais de luxo, que incluem roupas, acessórios e produtos de beleza, atingiram 288 bilhões de euros no ano passado, superando uma previsão anterior de 283 bilhões de euros, devido aos maiores gastos durante as festas de fim de ano.
Mesmo com a alta inflação e os bloqueios relacionados à Covid-19 na China continental, as empresas de luxo aproveitaram a demanda local na Europa e nos EUA com marketing eficaz. "Ficamos surpresos com a confiança do consumidor apesar da inflação", destacou D'Arpizio.
Os gastos dos consumidores chineses devem se recuperar durante o segundo semestre do ano, de acordo com a Bain, que também destacou a Coreia do Sul como um mercado em expansão. Por sua vez, os Estados Unidos ultrapassaram a Europa como o maior mercado de luxo no ano passado.
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