Exclusivo
11 de out. de 2013
Mercado chinês aponta boas oportunidades
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11 de out. de 2013
"Assim como o Brasil, China é um continente, é um mercado de mercados". A declaração do diretor da Gold Millenium Group em Shanghai, Rafael Jimenez, serviu como um convite ao grupo brasileiro que está na China a um mergulho no desafiador país asiático.
As onze empresas nacionais que expõem no salão theMicam Shanghai, mostra que se iniciou nesta sexta-feira dia 11 e segue até domingo 13, participaram do Seminário do Brazilian Footwear na manhã da quinta-feira dia 10. Atentos às particularidades do País, os calçadistas trocaram experiências e puderam ouvir um pouco mais sobre os consumidores chineses, modelos de negócios e oportunidades.
Com a pergunta “Você está preparado para China?”, Rafael Jimenez começou sua apresentação com uma boa notícia para os exportadores brasileiros. Segundo ele, a situação na China está mudando e em breve deve ser um mercado maduro, que terá tanto o luxo e o comércio massivo quanto negócios voltados para a classe média. "Hoje temos duas situações na China, o mercado de baixa qualidade e o de produtos exclusivos, entretanto o governo está trabalhando para mudar esse cenário, investindo na classe média, que está crescendo. Com isso é muito importante criar uma mensagem adequada para esse novo consumidor, que é inteligente e irá começar a investir em produtos com bom custo benefício", salientou o dir etor da Gold Millenium em Group, consultoria contratada pelo Brazilian Footwear para auxiliar na promoção comercial das empresas, observando as necessidades individuais de cada uma.
A importância do registro de marcas no País e a necessidade de algumas adaptações tanto em produto quanto em imagem também foram tema do encontro. Para Andreas Grimberg, professor na IFA Paris Shanghai e diretor da Intarsia Holding, a China é um mercado interessante, com diferentes e específicos mercados domésticos. "É um lugar onde precisamos ter foco e saber o que e como vender em cada região. Isto também impacta, é claro, na logística, que precisa ser bem planejada", frisou. Grimberg citou alguns cases de sucesso e apontou canais de venda que podem ser mais vantajosos para as marcas brasileiras. "Os chineses ainda precisam ser educados para a cultura do calçado brasileiro. Eles não têm muita informação, o que dificulta na hora da negociação. E isto também acontece com marcas que são mundialmente conhecidas e aqui eles não conhecem", acrescentou.
Para Cesar Yu, do Centro de Negócios Apex-Brasil em Pequim, esse é o momento para se investir forte na China. "Com a crise na Europa, o governo chinês precisou intervir para ajudar as empresas que tiveram uma queda acentuada nas suas exportações a se voltar para o mercado doméstico. O consumo na China está sendo motivado, ou seja, um excelente momento para quem quer importar para cá", ressaltou. De acordo com Cesar Yu, os chineses têm muita simpatia pelos brasileiros e isso precisa ser trabalhado nos produtos, agregando o valor Brasil nas criações. Opinião reforçada por Alessio Avancini, da Glimpse, empresa de relações públicas do Brazilian Footwear na China. "O consumidor chinês gosta do apelo emocional e as empresas brasileiras têm que invest ir nesse caminho, uma vez que eles gostam do Brasil."
theMicam Shanghai – A boa aceitação dos produtos Made in Brasil pôde ser comprovada no primeiro dia do salão theMicam Shanghai. Mal a mostra abriu as portas e o estande coletivo do Brazilian Footwear estava cheio. Com uma visitação mais profissional e focada do que na primeira edição, realizada em abril deste ano, o evento promete bons negócios. "Já atendi muitos contatos novos realmente interessados em nossos produtos", disse Maurício Ávila, gerente de exportação da Radamés/Kontatto.
Também animado estava Roberto Braun, gerente de exportação da Cristófoli. "Só hoje fiz contatos mais qualificados do que em toda a edição passada. Os visitantes são realmente do setor e querem conhecer o calçado do Brasil, buscam informações e mostram-se a negócios", reforçou Braun.
Participam do salão theMicam Shanghai, com apoio do Brazilian Footwear, as empresas Calçados Q-Sonho (marca Stéphanie Classic), Democrata Calçados, Calçados Beira Rio (marcas Vizzano, Beira Rio, Moleca, Molekinha e Modare), Crislli Calçados e Bolsas (marca Cristófoli), A Grings S.A (marcas Piccadilly e Piccadilly for girls), Amazonas, Radamés Artefatos de Couro (marcas Radamés e Kontatto), Pampili, Acrux Calçados (marca Sapatoterapia), Calçados Bibi, e Paquetá Calçados (marcas Dumond e Capodarte).
Fots: Divulgação / Arquivo
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