Mercado Livre se manifesta contra o aumento das taxas de frete no Brasil
A empresa argentina, Mercado Livre, pode estar com sua operação no mercado brasileiro comprometida devido a um aumento de 51% nas tarifas do serviço de correio. O gigante do comércio eletrônico disse no dia 27 de fevereiro que os aumentos afetarão os consumidores e, principalmente, os empresários e as PMEs que operam através de comércio eletrônico.
"Até o dia 6 de março, os correios estão preparando um aumento abusivo nos custos de fretes que pode atingir até 51% para compras e vendas feitas online, impactando um dos poucos setores que registram crescimento contínuo no Brasil, o comércio eletrônico", declarou a empresa em um comunicado.
Como protesto, o Mercado Libre lançou uma campanha online contra os aumentos nos fretes do correio. A campanha começou a ser divulgada pela empresa por e-mail para todos os usuários e também será promovida através de redes sociais.
De acordo com a empresa, entre as desvantagens para os vendedores está a queda nas vendas devido ao aumento dos custos de frete, o aumento das despesas, uma vez que o vendedor que optar por subsidiar o frete terá um aumento médio na logística de 29%, e taxas adicionais aos envios para cidades brasileiras que foram classificadas como áreas de risco.
Além disso, a medida que será imposta em 6 de março prejudicará os mais de 50 milhões de consumidores que compram online no Brasil, "principalmente aqueles que vivem em áreas distantes de grandes cidades onde o comércio eletrônico é muito mais do que uma conveniência, mas uma necessidade", indicou a empresa.
Os dados do Mercado Livre indicam que esse aumento tornará o frete brasileiro 42% mais caro que o argentino, 160% mais caro do que o mexicano, e 282% mais caro que o colombiano, países em que o gigante do comércio eletrônico também opera.
O Mercado Libre tem quase 20 anos de história. Atualmente, a sua rede de usuários ultrapassa os 180 milhões em 19 países da América Latina. De outubro a dezembro de 2017, a sua operação no Brasil aumentou pelo quarto trimestre consecutivo, em 79,9%.
A empresa vendeu um total de 270,1 milhões de artigos durante o ano de 2017, o que representa um aumento de 49,1% em relação ao ano anterior. A receita líquida consolidada atingiu 1,3 bilhões de dólares.
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