Manolo Blahnik vence disputa de marca registrada na China após duas décadas de disputa
Não é à toa que Manolo Blahnik qualifica o feito como "notável" e "excepcional". Já se passaram 22 anos, mas o designer de sapatos de luxo ganhou uma disputa de marca registrada na China.

Além disso, a vitória legal "estabelece um forte precedente para que outros do setor façam valer os seus direitos contra marcas pirata na China".
O resultado significa que, pela primeira vez desde 1999, Manolo Blahnik poderá utilizar o seu nome e disponibilizar os seus designs a clientes de toda a China.
"Estou ansioso por voltar a visitar a beleza e a elegância da China", disse Blahnik ao revelar o resultado.
A marca de luxo britânica entrou com um processo para invalidar um registro de marca ilegal que incorporava "Manolo Blahnik" e que impedia o designer de usar o seu próprio nome em toda a China.
A luta para reivindicar a marca começou em 2000 e a conclusão bem-sucedida do processo "abre caminho para que a marca seja comercializada em todo o país pela primeira vez".
A vitória acontece após uma nova audiência em janeiro. Cinco meses depois, o Supremo Tribunal emitiu uma decisão final confirmando a invalidação com base nos direitos de nome de Manolo Blahnik.
Ao comentar o veredito, Blahnik, fundador e diretor criativo da sua marca, disse: "Estamos verdadeiramente honrados e gratos pelo apoio que recebemos na China e a nível internacional, tanto da indústria da moda como fora dela.”
"Esta ajuda generosa foi um fator importante que contribuiu para este resultado bem-sucedido. Os meus sinceros agradecimentos ao Supremo Tribunal Popular da China e a todos os envolvidos neste longo caso. É um resultado extraordinário."
Kristina Blahnik, CEO e sobrinha do fundador, declarou por seu lado: "Esta é uma vitória significativa para o meu tio, a nossa família e equipe, e quero expressar a minha gratidão ao Supremo Tribunal Popular da China pela sua consideração minuciosa e cuidadosa do nosso caso de longa duração."
"Sempre admiramos a rica herança cultural da China e o seu povo, e estamos ansiosos por nos juntarmos ao seu dinâmico futuro partilhando a história, as criações e as paixões de Manolo. A Manolo Blahnik continuará a proteger vigorosamente as suas marcas em todo o mundo no interesse do meu tio Manolo, dos nossos clientes e da nossa empresa."

Kristina Blahnik disse também ao The Financial Times: "Era um enorme vazio na nossa existência... Quando recebemos a chamada, ficamos em lágrimas."
Blahnik acrescentou que os planos da empresa para o mercado chinês ainda estão em uma fase inicial, mas que espera começar a vender diretamente na China no segundo semestre do próximo ano. "Não correremos como um foguete em direção à China, mas caminharemos em silêncio."
Já Georgina McManus, diretora de assuntos jurídicos, afirmou: "Esta é uma decisão histórica que demonstra que o Supremo Tribunal Popular da China está focado na justiça substantiva. Foi um caminho longo e difícil e este resultado não teria sido possível sem a dedicação, tenacidade e apoio das nossas equipes, nossos conselheiros e amigos da marca, e sem a liderança de Jack Randles, diretor jurídico.”
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