Macy's vai lançar coleção de roupas para muçulmanos
A Macy's acaba de anunciar uma parceria com a Verona Collection, uma loja especializada em roupas islâmicas modernas. A partir de 15 de fevereiro, as lojas da Macy's nos Estados Unidos venderão uma seleção de peças prêt-à-porter modestas, incluindo hijabs.
A coleção foi criada pela fundadora da Verona Collection, Lisa Vogl, que se formou em 2017 pelo "The Workshop” na Macy's, o programa de desenvolvimento de negócios para minorias da varejista americana.
"Queremos nutrir e apoiar as empresas de minorias e mulheres para desenvolver suas capacidades e para que se tornem a próxima geração de parceiros de varejo", disse Shawn Outler, vice-presidente executivo da Macy’s - Licensed Businesses, Food Services e Multicultural Initiatives, em um comunicado.
Quando se trata de roupas para muçulmanos, a indústria da moda norte-americana tem deixado a desejar. A demanda não atendida ficou evidente quando um lenço para cabeça lançado pela American Eagle no ano passado esgotou em duas semanas.
Em dezembro, a gigante de roupas esportivas, Nike, lançou seu primeiro hijab criado especificamente para atletas muçulmanas. O produto está atualmente esgotado, e é esperado um novo estoque para abril.
Varejistas como a DKNY lançaram coleções durante o mês do Ramadã e da Eid, e até mesmo a Dolce & Gabbana criou lenços e e abayas coordenados. A maioria das coleções, no entanto, visa clientes muçulmanos nos mercados crescentes do Oriente Médio, onde uma classe média jovem e crescente inclui consumidores de moda e de luxo. Na América, as mulheres muçulmanas tiveram muitas vezes que a fazer compras online de outras partes do mundo.
Espera-se que o Islamismo seja a segunda religião mais importante dos Estados Unidos até 2050. Embora nem todas as muçulmanas optem por usar abayas ou hijabs, as mulheres e meninas muçulmanas são um crescente nicho de varejo.
O consumo mundial de muçulmanos com moda vai girar em torno de 464 bilhões de dólares até 2019, de acordo com um relatório da Campanha. O gasto com cosméticos no mesmo período é estimado em 73 bilhões de dólares.
A indústria de cosméticos dos Estados Unidos, estimulada por influenciadores de beleza muçulmanos, está se tornando mais sensível às mulheres que não se vêem representadas nos produtos de beleza convencionais. Uma das maiores tendências nos últimos anos tem sido o aumento da beleza halal - produtos adquiridos e fabricados de acordo com a lei islâmica Sharia. E o mercado global de cosméticos halal deverá atingir 52,02 bilhões de dólares até 2025, de acordo com a empresa de consultoria Grand View Research.
No final do ano passado, como informou a Fashion Network, a empresa com sede em Chicago, 786 Cosmetics, lançou sua marca de esmalte halal e, anteriormente, a Orly, que tem sede em Los Angeles, também lançou sua coleção halal, com nomes muçulmanos para as cores dos esmaltes.
Além dos muçulmanos, muitos consumidores não-muçulmanos também adotam roupas mais compridas, soltas ou cosméticos Halal como uma questão de escolha pessoal.
Alguns anos atrás, a empresa contratou a designer japonesa e britânica, Hana Tajima, para criar sua primeira coleção de roupas muçulmanas para os mercados do Sudeste Asiático. Hoje, a coleção está disponível nas flagships da Uniqlo ao redor do mundo, inclusive nos Estados Unidos. A marca já não comercializa mais a coleção como "muçulmana" ou "modesta" - mas como coleção "Hana Tajima Lifewear”.
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