AFP
Novello Dariella
26 de fev. de 2019
LVMH se fortalece no segmento de óculos com uma segunda fábrica na Itália
AFP
Novello Dariella
26 de fev. de 2019
A gigante global do luxo, LVMH, irá reforçar sua capacidade de produção de óculos com a construção de uma segunda fábrica na Itália em parceria com a Marcolin, que lhe permitirá a produção de mais de 4,5 milhões de pares ao ano.

Em abril de 2018, o grupo de Bernard Arnault inaugurou sua primeira fábrica de óculos ao norte de Veneza, lançada em parceria com o fabricante italiano Marcolin e a Thélios (nome de sua joint venture com a Marcolin).
Para LVMH, o lançamento da fábrica marcou o início da internalização do controle dos óculos, rompendo com o sistema de licenciamento tradicional, tanto para a fabricação e especialmente para a comercialização de armações por empresas terceirizadas. A Celine, previamente licenciada pelo grupo Safilo, foi a primeira marca da LVMH a ser retomada internamente, com seus óculos produzidos na fábrica da Thélios em Longarone, região do Veneto, na Itália, sendo seguida pelas marcas Loewe, Fred, Kenzo, e Berluti.
"A construção de uma segunda fábrica, como uma extensão da primeira, começou há duas semanas. O seu lançamento está previsto para o quarto trimestre de 2020, e vai triplicar a área de produção”, informou Jean-Baptiste Voisin, diretor de estratégia da LVMH à AFP.
Embora a fábrica inicial possa produzir até 1,5 milhões de pares de óculos por ano, esta segunda permitirá que a produção aumente para 4,5 milhões de pares "com um foco particular na criação de protótipos”, afirmou Jean-Baptiste Voisin. E quando as fábricas atingirem sua potência máxima, elas empregarão entre 600 e 700 pessoas, em comparação com cerca de 120 atualmente engajadas na produção.
"O objetivo é ser qualitativo. Enquanto a indústria de óculos é extensa e maximiza o número de pontos de venda, estamos com uma estratégia inversa, preferindo ter menos pontos de venda, mas com controle qualitativo, incluindo uma rastreabilidade do mesmo nível", acrescentou.
Por exemplo, para os óculos da marca Celine, durante o primeiro ano de produção com a Thélios, foi registrado um giro melhor do que quando estes estavam sob licença com a Safilo, enquanto a distribuição foi feita para metade dos pontos de venda.
Resta ver quais serão as próximas marcas do grupo a ingressar na Thélios. Em 2020, a licença da Dior, que atualmente está sob os cuidados da Safilo, vai terminar. A marca é a mais importante no portfólio da LVMH em termos de volume e valor para o segmento de óculos.
51% da Thélios pertence ao grupo francês e 49% ao fabricante italiano de óculos Marcolin, o terceiro maior player do setor.
Copyright © AFP. Todos os direitos reservados. A Reedição ou a retransmissão dos conteúdos desta página está expressamente proibida sem a aprovação escrita da AFP.