AFP
Estela Ataíde
21 de nov. de 2019
LVMH oferece mais 1 bilhão de dólares adicionais para adquirir a Tiffany
AFP
Estela Ataíde
21 de nov. de 2019
A gigante francesa de luxo LVMH, liderada pelo bilionário Bernard Arnault, propõe agora um pouco mais de um bilhão de dólares suplementares para comprar a marca de joalharia americana Tiffany, indicaram à AFP na quarta-feira duas fontes próximas do caso.

A proprietária das marcas Louis Vuitton e Christian Dior fez uma nova oferta a um preço unitário de cerca de 130 dólares por ação, o que avalia a Tiffany em quase 16 bilhões de dólares, disseram as fontes sob condição de anonimato. Como consequência, a marca de joalharia concordou abrir os seus livros de contas.
A 15 de outubro, a LVMH fez uma proposta inicial de 120 dólares por ação para uma transação avaliada em 14,5 bilhões. Esta nova proposta não garante que os dois grupos cheguem a acordo, alertaram as fontes.
Contactadas pela AFP, nem a Tiffany nem a LVMH responderam de imediato.
Em Wall Street, o título da Tiffany saltou 3,58%, para 127,74 dólares, por volta das 23h15 GMT, aproximando-se do novo preço proposto pela LVMH.
A 8 de novembro, outras fontes familiarizadas com o assunto disseram à AFP que a LVMH planejava fazer um gesto financeiro para ultrapassar a relutância dos líderes da empresa americana, que o grupo francês deseja adicionar ao seu portefólio de marcas prestigiadas e emblemáticas. O conselho de administração da Tiffany estava aberto a uma união entre as duas empresas, mas pediu à LVMH que aumentasse a sua primeira proposta, acrescentaram.
Existe, sublinharam, vontade de ambos os lados para concretizar esta transação, que permitiria à LVMH colocar a mão num dos poucos grupos de luxo americanos, conhecido pelos seus diamantes e anéis de noivado e cuja flagship store está situada ao lado da Trump Tower na Quinta Avenida, em Nova Iorque.
Alguns especialistas acreditam que a aquisição do grupo americano enriqueceria a divisão relógios e joias LVMH, que já inclui, entre outras, as marcas Bulgari, Chaumet, Tag Heuer e Hublot, permitindo-lhe competir com a Richemont (Cartier e Van Cleef & Arpels) e fortalecer-se no mercado americano, o segundo maior contribuinte para o volume de negócios.
Outros argumentam que o crescimento da Tiffany nos últimos anos é lento em comparação com os seus concorrentes, tornando-a uma presa vulnerável num setor do luxo dominado pela corrida pelo tamanho e por grandes manobras.
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