Luxottica tem margem líquida recorde no primeiro semestre
A Luxottica encerrou o segundo trimestre do ano com um aumento de 1,4% nas receitas, à uma taxa de câmbio constante, para 2,4 bilhões de euros, mas acentuadamente abaixo das taxas de câmbio vigentes (-4,9%). O resultado positivo se deve ao bom desempenho na América do Norte e Ásia-Pacífico, no canal de varejo (+ 4,3%) e na plataforma de e-commerce (+ 16%).

A empresa italiana especializada em óculos reportou uma receita consolidada de 4,55 bilhões de euros no período, um aumento de 0,3% à taxas de câmbio constante (-7,7%, considerando as taxas de câmbio atuais), e uma margem de aumento líquido ajustada (novamente à taxas de câmbio constantes) de 130 pontos base, em comparação com o mesmo período do ano anterior, com nível recorde de 12,8%.
"O crescimento em mercados onde as novas estratégias comerciais estão agora plenamente operacionais, como a América do Norte e a Ásia, confirma o acerto e a correção das iniciativas empreendidas. Aguardamos com serenidade e confiança a evolução da Europa, onde ainda estamos reorganizando a nossa política de distribuição", comentou Leonardo Del Vecchio, presidente executivo da Luxottica.
Analisando os resultados do período por área geográfica, paralelamente ao desenvolvimento de negócios na América do Norte e na região Ásia-Pacífico, onde as vendas da Luxottica aumentaram 3,4% e 7,5%, respectivamente, destaca-se a queda na receita da Europa (-4,5% à taxas de câmbio constantes) devido às novas políticas comerciais e ao início tardio da temporada de calor (fatores que levaram os clientes de atacado a uma maior cautela nos pedidos).
Nos primeiros seis meses do ano, a divisão de varejo da companhia (acelerando em 2,8% à taxas de câmbio constante para 2,8 bilhões de euros) teve um desempenho melhor do que o atacado, com queda de 3,6% à taxas de câmbio constantes (-9,6% considerando o câmbio atual) para 1,7 bilhão de euros.
Ainda no mesmo período, o lucro líquido ajustado foi de 545 milhões de euros à taxas de câmbio constantes de 11,6% em relação a 2017 (embora com uma queda de quase 4 pontos percentuais em relação às taxas de câmbio atuais), resultado da dívida inferior, dos subsídios do Patent Box italiano e da reforma tributária americana.
A dívida líquida do grupo diminuiu 19,2% para 900 milhões, o que confirma as previsões de crescimento para 2018, enquanto se prepara para finalizar a fusão com a Essilor, à espera do sinal verde do antitruste chinês, previsto para o fim do mês. Por fim, a empresa anunciou a renovação do contrato envolvendo a licença mundial dos óculos de sol e de grau das marcas Philippe Starck e Starck Eyes por mais cinco 5 anos.
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