×
856
Fashion Jobs
C&A
Analista de Sistemas Sênior - Java
Efetivo · BARUERI
GRUPO BOTICARIO
Analista II - Supply Chain
Efetivo · São José dos Pinhais
GRUPO BOTICARIO
Pessoa Coordenadora de Campo Venda Direta
Efetivo · Curitiba
GRUPO BOTICARIO
Pessoa Promotora de Venda Direta
Efetivo · Salvador
GRUPO LUNELLI
Comprador(a) s
Efetivo · Guaramirim
C&A
Especialista Risco e Modelagem
Efetivo · BARUERI
NEWELL
Líder DE Meio Ambiente, Saúde e Segurança- Ehs
Efetivo · BALNEÁRIO PIÇARRAS
NEWELL
Analista DE Desenvolvimento DE Produtos
Efetivo · POUSO ALEGRE
CAEDU
Analista de Segurança da Informação sr
Efetivo · São Paulo
GRUPO BOTICARIO
Analista II Performance Logistica E-Commerce
Efetivo · Curitiba
GRUPO BOTICARIO
Especialista de Planejamento Comercial ll (Vaga Afirmativa Para Talentos Negros e Pardos e Pessoa Com Deficiência - Pcd)
Efetivo · São Paulo
GRUPO BOTICARIO
Gerente de Expansão - Engenharia de Projetos
Efetivo · São José dos Pinhais
MARISOL
Analista de Sistemas - Business Intelligence
Efetivo · Jaraguá do Sul
MARISOL
Comprador jr
Efetivo · Jaraguá do Sul
L'OREAL GROUP
Gerente Key Account sr - l'Oréal Luxo
Efetivo · São Paulo
RENNER
Fiscal DE cd | Supply Chain (t2 e t3)
Efetivo · Cabreúva
CALZEDONIA GROUP
Consultor (a) DE Expansão
Efetivo · SÃO PAULO
AVON
Global Head of Packaging
Efetivo · CAJAMAR
STADIUM GOODS
Fulfillment Operations Specialist
Efetivo · SÃO PAULO
NEWELL
Representante DE Vendas Internas
Efetivo · BALNEÁRIO PIÇARRAS
C&A
Consultor de Projetos Estratégicos - Comercial
Efetivo · BARUERI
C&A
Comprador de Indiretos Pleno - Temporário
Efetivo · BARUERI
Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
19 de nov. de 2021
Tempo de leitura
4 Minutos
Download
Fazer download do artigo
Imprimir
Clique aqui para imprimir
Text size
aA+ aA-

Luxo: repensar a cadeia de abastecimento é prioridade para o setor

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
19 de nov. de 2021

As lições aprendidas com a pandemia levarão as empresas da moda e do luxo a reverem fundamentalmente a sua cadeia de abastecimento, aproximando-se dos seus fornecedores para ganhar flexibilidade e, ao mesmo tempo, integrando uma lógica de sustentabilidade. Uma revolução que visa acelerar a racionalização de toda a indústria têxtil e do vestuário. Estas são as conclusões de um estudo apresentado na quarta-feira (17) em Milão pelo Sistema Moda Italia (SMI), que reúne as empresas do setor, por ocasião da sua assembleia pública.


Uno Maglia, fabricante de malhas comprado pela Holding Industriale - holdingmoda.it


Nos primeiros nove meses de 2020, a indústria mundial do luxo perdeu 13 bilhões de euros, uma queda de 31% em relação a 2019. Este declínio afetou as empresas de forma desigual. 40% destas foram afetadas por uma queda de mais de 35% nas suas vendas. Nos bens pessoais de luxo, a queda na demanda foi de 20% a 25%. Neste período de recuperação, o segmento de gama muito alta está destinado a se recuperar com mais força e rapidez em relação ao segmento premium.
 
Como aponta o autor do relatório, Luca Bettale, sócio da Long Term Partners, do escritório italiano da OC&C, a recuperação é apenas parcial, com os mercados europeu e japonês ainda muito distantes do nível pré-pandemia e com um fluxo turístico ainda a meio gás, enquanto surgem novas questões críticas, somando incerteza à incerteza, como a explosão nos preços da energia e das matérias-primas. A isto somam-se as grandes tendências de fundo, que aceleraram com a pandemia: a explosão das compras locais, a ascensão das gerações mais jovens, com gostos de vestuário voltados para a moda mais confortável em detrimento do vestuário formal, a personalização cada vez mais exigida de produtos e serviços, o aumento da digitalização de 5% para 20% das vendas das marcas, a sustentabilidade ter-se tornado um pré-requisito na maioria das compras de luxo e, por fim, a importância da tecnologia.

“Com a Covid-19, os players do mercado tomaram consciência da extrema vulnerabilidade do seu modelo face à descontinuidade da demanda”, indica o pesquisador. “Estes devem também ter em consideração novos parâmetros, como o crescimento em todos os mercados da atenção muito forte aos temas ecológicos, que determina cada vez mais a compra de um bem de luxo, principalmente entre os jovens. Estes querem circularidade e vão para as marcas que a aplicam.”

Neste contexto, torna-se urgente que a indústria do luxo adote um processo de tomada de decisão mais ágil e, sobretudo, que reveja o seu modelo operacional, começando pela sua organização interna, o seu engajamento com os fornecedores e a sua logística. O objetivo é proteger-se melhor perante situações de risco, deixando, por exemplo, de encher armazéns e lojas no início da temporada, optando em alternativa por manter os produtos num local central para os distribuir conforme as necessidades. As marcas devem integrar no seu modelo de negócio dois novos elementos fundamentais, acredita ainda Luca Bettale: o valor do tempo, que se tornou muito mais importante, e a durabilidade.
 

Otimização do número de fornecedores


 
Segundo Bettale, esta reorganização radical levará as empresas a otimizarem a sua carteira de fornecedores, identificando deficiências na sua cadeia de abastecimento e os meios para sana-las. “As empresas estão todas em processo de avaliação de uma mudança de fornecedores para escolher os mais ágeis e capazes de se adaptarem às restrições da produção sustentável. Caminhamos para um processo de seleção muito forte, onde haverá inevitavelmente vencedores e perdedores. Nesse quesito, Itália está na pole position e assim deverá permanecer. Haverá, portanto, uma necessária aproximação aos fornecedores e programas partilhados entre as duas partes, em termos de sustentabilidade e responsabilidade social.”


A assembleia pública da SMI, onde foi apresentado o estudo - SMI


“Para iniciar essa mudança, tecnologia e grande escala são essenciais”, explica Luca Bettale. “O que significa criar todo o processo com um aporte tecnológico fundamental e uma conexão entre todas as partes envolvidas. São necessários grandes investimentos, bem com uma abordagem em grande escala, que pode ser feita horizontalmente, por exemplo em torno da produção do mesmo tipo de produto, ou verticalmente, oferecendo um serviço completo.”
 

Visão e flexibilidade


 
Concretamente, esta nova visão implica que os fornecedores ofereçam criatividade contínua e desenvolvimento rápido de protótipos, sendo capazes de dar constantemente ideias às marcas com forte demanda. Também devem planejar e gerir a demanda, produzindo lotes econômicos e menores para serem entregues a ritmos mais frequentes. A entrega não deve mais ser considerada como um dealine, mas como um compromisso.

Introduzir flexibilidade em todo o processo para estes novos modelos de produção significa também dividir os custos com os clientes. Da mesma forma, os fornecedores terão que partilhar objetivos e custos com as marcas em termos de investimentos plurianuais para o desenvolvimento sustentável. Uma evolução que levará o setor a agregar-se ainda mais. O que se traduz, por um lado, na verticalização com cada vez mais marcas e grupos de luxo comprando os seus fornecedores e, por outro lado, nas operações de agregação efetuadas por fundos de investimento.
 
Luca Bettale conclui: “Em suma, devemos apostar na proximidade da produção. Sairmos portanto da China, Vietname, Bangladesh e Índia, em favor de uma plataforma europeia e um pouco mais da Turquia. Devemos apostar em modelos mais eficientes para estabelecermos uma relação mais flexível com fornecedores mais ágeis, mantendo extrema atenção ao meio ambiente.”

Copyright © 2023 FashionNetwork.com. Todos os direitos reservados.