Louis Vuitton faz desfile fetichista com Kate Moss fumando

O último grande desfile da semana parisiense reuniu boa parte das propostas vistas nas outras coleções de inverno: preto, cintura marcada, saias alongadas, ombros arredondados e couros preciosos envernizados. Estas são as novidades da temporada que acaba hoje, e deveria ter Louis Vuitton como último desfile, pelo impacto da marca.

Kate Moss em clima fetichista. Foto: Pixel Formula

A tenda preta por dentro e por fora abrigou o show com arena central de piso escorregadio preto. No centro da arena, quatro elevadores daqueles antigos, tipo gaiola, gradeados. Por ali saiu o elenco que incluiu Kate Moss e Naomi Campbell, vestidas de bellboy, porteiro, copeiras e arrumadeiras, uma destas, a italiana Maria Carla portando, em vez das lindas bolsas, um espanador de plumas de avestruz.

Tradução para moda: vestidos-casacos de crepe de lã navy, com grandes botões e punhos pretos, saias de escamas, vestidos com estampas de botinhas rebordadas. Saias abaixo dos joelhos, retas, calças de montaria bicolores. Sempre com rabos-de cavalo, quépis e mascaras no alto da cabeça e com as bolsas - lindas, em versões de verniz, crocodilo, python e couro emborrachado. São variações em torno do modelo Lockit, criado em 1958. Para levar como carteira, dobradas ou até para trás, nas costas, presas nas mãos.

Resumo da coleção: Marc Jacobs pensou na bolsa emblemática, nos hoteis de luxo e conceituou tudo como fetiche. Kate Moss encerrou o show de jaquetinha e shorts pretos, bota laçada, com seu corpo que já foi símbolo de anorexia, fumando um cigarro. Puro fetiche, a Vuitton.