Louis Vuitton autoriza Nicolas Ghesquière a lançar sua marca própria
Nicolas Ghesquière está prestes a lançar sua marca própria, mas isso talvez não ocorra já na próxima temporada. Há dois anos, o estilista disse ao Quotidien, o talk show francês de Yann Barthès, no canal TMC, que ele tinha planos de lançar sua marca homônima. No último fim de semana, durante uma entrevista no mesmo programa, o estilista, que encerrou a Semana da Moda de Paris na terça-feira, 2 de outubro, deixou a entender que este projeto está cada vez mais próximo de ser realizado.
"Depois de cinco anos na Louis Vuitton, agora tenho o direito de fazê-lo", disse Nicolas Ghesquière ao apresentador Yann Barthes, que por sua vez acrescentou: "Então agora você tem o direito de criar a sua própria marca? Quando? Em um ano ou dois?", e foi respondido por Ghesquière com uma risada: "Eu voltarei para lhe dizer quando isso vai acontecer!".
Em maio, Nicolas Ghesquière assinou um novo contrato com a Louis Vuitton, anunciado por Bernard Arnault, presidente da LVMH, gigante de luxo que controla a marca mais lucrativa do mundo. Segundo informações, o contrato seria de três anos, no entanto, o estilista de 47 anos disse a Yann Barthès que o contrato é de cinco anos.
Um porta-voz da LVMH confirmou a duração do contrato, mas não comentou sobre as possíveis discussões com Nicolas Ghesquière sobre o financiamento de sua marca própria. No entanto, observadores familiarizados com o grupo sugeriram que Nicolas Ghesquière estaria simplesmente respondendo contornando a questão, sem fazer um anúncio real sobre seus planos futuros como independente.
Sobre sua experiência na Louis Vuitton, o designer afirmou que o segredo do sucesso é "liberdade e inovação”. "Trata-se de fazer coisas bonitas e isso tem um preço, e é isso que faz nossas margens”. A LVMH não detalha o volume de negócios de suas marcas em seus relatórios anuais, mas o faturamento anual da Louis Vuitton é estimado em mais de 8 bilhões de euros.
Yann Barthès também perguntou ao estilista sobre a onda de críticas "politicamente corretas" de jornalistas de moda, principalmente de língua inglesa, sobre a primeira coleção de Hedi Slimane para Celine, outra marca do grupo LVMH. Muitos críticos ingleses e americanos atacaram Hedi Slimane, dizendo que em sua coleção, ele atribui o poder das mulheres à sua sexualidade.
Nicolas Ghesquière defendeu seu colega dizendo: "Para mim, é uma tempestade em um copo de água. Receber críticas é parte do nosso trabalho. Mas você pode ser feminista e usar uma minissaia. Eu acho estranho que esses críticos, que afirmam ser progressistas, possam ser tão reacionários”.
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