Novello Dariella
26 de mai. de 2020
Lojas Renner registra queda de -93,6% no lucro líquido no primeiro trimestre
Novello Dariella
26 de mai. de 2020
A pandemia de Covid-19 representou um duro golpe nos resultados financeiros da Lojas Renner S.A no primeiro trimestre de 2020. A varejista, proprietária das marcas Renner, Camicado, Ashua e Youcom) anunciou na sexta-feira (22) que registrou lucro líquido de 10,4 milhões de reais no período, ante os 161,6 milhões de reais obtidos no primeiro trimestre do ano passado, o equivalente à uma forte queda de 93,6 %. A margem líquida foi de 0,7% (-9,1p.p.).
A empresa disse ter começado o ano de 2020 com bom desempenho de vendas e estoques saudáveis, mas, diante do fechamento temporário de todas as lojas físicas no Brasil, Uruguai e Argentina a partir de 18-20 de março, para combater a evolução da pandemia de Covid-19, a receita líquida das vendas de mercadorias caiu 6,1%, para 1.550,2 bilhão de reais (-6,1%), e as vendas em mesmas lojas diminuíram 10,7%.
O lucro bruto da operação de varejo foi de 858,9 milhões de reais (-5,8%), com margem de 55,4%, estável em relação ao ano passado ( 0,1p.p.), devido à correta gestão comercial e boa qualidade e nível dos estoques. O Ebitda da operação de varejo ajustado atingiu 90,3 milhões de reais (-58,7%), com margem de 5,8% (-7,4p.p.).
A partir de abril, a empresa concentrou esforços na aceleração das vendas online de suas marcas, que aumentaram 32,9% no primeiro trimestre, "trazendo um impacto positivo nas receitas, além de um crescimento expressivo na base de novos clientes, o que contribui para as vendas atuais e, principalmente, para o futuro do negócio, com potencial incremento de market share".
Segundo a Lojas Renner, essa aceleração se deu através do "ajuste no mix de produtos ao momento atual, da retomada e ampliação dos investimentos em marketing de performance, inicialmente reduzido para foco nas medidas de segurança, além dos maiores investimentos em conteúdo de interesse dos públicos”. A empresa também antecipou várias etapas do projeto omnichannel e da digitalização que estavam previstas para ocorrerem entre 2020 e 2022.
Além disso, para garantir preservação de sua saúde financeira, a empresa reforçou o caixa com a captação de empréstimos e financiamentos de cerca de 2,0 bilhões de reais, diminuiu o payout para 25% do lucro líquido do exercício de 2019, e reduziu o Capex para 560 milhões de reais.
Em 24 de abril, a companhia iniciou o processo gradual de retomada de abertura de algumas lojas “com medidas rigorosas de cuidado e segurança de equipes e clientes”, como: treinamento dos colaboradores sobre os cuidados que devem ser tomados nas lojas, em suas casas e nos momentos de deslocamento; medição de temperaturas na chegada em lojas; e fechamento temporário de provadores. Até segunda-feira (25), 21,1% das lojas estavam operando.
Sobre as perspectivas, a Lojas Renner disse: “Estamos vivendo em um contexto de grande incerteza, consequência do cenário atual e de seus impactos na economia. Com nossa mobilização inicial a partir do fechamento temporário das lojas, mostramos capacidade de reação e adaptação rápida, com decisões ágeis, e também ajustamos a estrutura de despesas e reforçamos o caixa da Companhia”.
“Nossa Empresa está preparada tanto para esse momento, quanto para o futuro. Estamos atentos e sempre avaliando projetos e oportunidades, que façam sentido para nossos clientes e estejam alinhados à visão estratégica. Estamos trabalhando com muita dedicação, comprometimento e inovação para que a Lojas Renner S.A. seja ainda mais relevante agora e sempre”.
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