Lanvin se despede de Bouchra Jarrar

Enfrentando dificuldades financeiras, a Lanvin, renomada marca francesa,decidiu despedir-se da diretora criativa Bouchra Jarrar, cujas coleções não seduziram, disse ao Reuters uma fonte próxima na quinta-feira. "Bouchra Jarrar ficou muito abalada com a falta de sucesso de suas coleções. Sua partida já havia sido dada há bastante tempo", disse a fonte.

A Reuters revelou em junho que os resultados marca de couture ativa mais antiga da França estavam em queda livre por um ano e que as vendas das coleções de Jarrar tinham sido muito precárias.

A designer foi nomeada diretora criativa de roupas femininas da marca há apenas 15 meses.
Ela não apresentará uma coleção Primavera/Verão para a próxima temporada no final de setembro, segundo a fonte. Nem a Lanvin nem Jarrar responderam aos pedidos de comentários da Reuters.

Em turbulência desde a partida de seu ex-diretor criativo, Alber Elbaz, a Lanvin viu suas vendas caírem 23% em 2016 para 162 milhões de euros e registraram uma perda líquida de 18,3 milhões, após registrar lucro de 6,3 milhões em 2015, disseram a Reuters em junho fontes familiarizadas com assunto.

A tendência negativa foi exacerbada no início de 2017, com vendas caindo 32% ano-a-ano em janeiro e fevereiro de 2017, uma evolução que marcou um forte contraste com a recuperação observada em outras marcas de luxo, como Louis Vuitton da LVMH ou a Gucci da Kering, que cresceram graças ao aumento dos gastos dos consumidores chineses.

A bilionária taiwanesa de 75 anos, Shaw-Lan Wang, que detém uma participação de 75% da Lanvin e que anteriormente dispensou uma oferta de aquisição do Qatar, até agora não deixou nada escapar sobre suas intenções.

Em contraste, o empresário suíço Ralph Bartel, que possui uma participação de 25%, está pedindo uma mudança de estratégia e uma revitalização da marca por meio de novos investimentos.

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