Kering vai pagar 1,25 bilhão de euros às autoridades fiscais italianas

O grupo de luxo, Kering, proprietário da marca Gucci, anunciou quinta-feira (9) que chegou a um acordo amigável com as autoridades fiscais italianas e irá pagar 1,25 bilhões de euros de impostos não pagos, multas e juros.

Com esse acordo, o grupo resolve uma longa disputa sobre evasão fiscal relacionada à Gucci, marca que representa seu principal centro de lucro, e a subsidiária suíça da Kering, Luxury Goods International (LGI), referente ao período de 2011 a 2017.

"O valor dos impostos adicionais a pagar é de 897 milhões de euros, acrescidos de multas e juros", disse o grupo de luxo em comunicado. "Como primeira estimativa, este acordo deve resultar em 2019 em despesas fiscais adicionais de cerca de 600 milhões de euros e, em dinheiro, pelo desembolso de 1,25 bilhão de euros”.

Em janeiro, o grupo negou as acusações de evasão fiscal e declarou, para tranqüilizar os mercados e os investidores: "Nesta fase do processo, a Kering não dispõe de elementos suficientes para contabilizar uma provisão contábil específica correspondente à uma estimativa fiável do risco de recuperação”.

Nesta quinta-feira, 9 de maio, o grupo de luxo francês disse: “Em uma primeira estimativa, o impacto deste acordo sobre as contas consolidadas da Kering deve se materializar em 2019 pela contabilização de um encargo tributário suplementar de 600 milhões de euros e em caixa pelo desembolso de um montante de 1.250 milhões de euros".

A quantia final de 1,25 bilhão de euros estabelecida pelo acordo de maneira amigável com as autoridades fiscais italianas é um pouco menor do que a estimada inicialmente, de cerca de 1,3 a 1,4 bilhão de euros. 

Gucci, a marca afetada, alcançou um volume de negócios de 8,28 bilhões de euros em 2018. A organização fiscal visada pelas autoridades fiscais italianas passando pela Suíça, os tribunais suíços através de seu ministério anunciaram em março que vão abrir uma investigação criminal.

Com a Reuters