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AFP
Publicado em
16 de mar. de 2023
Tempo de leitura
3 Minutos
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Janja, primeira-dama do Brasil e militante pela moda nacional

Por
AFP
Publicado em
16 de mar. de 2023

São Paulo, 16 de março de 2023 (AFP) - Feminista, defensora do meio ambiente e dos povos indígenas, o engajamento da primeira-dama do Brasil, Rosangela da Silva, transparece em suas roupas, assim como a sua preocupação em dar destaque aos criadores brasileiros.


Janja veste saia da Reptilia em visita à Casa Rosada, na Argentina - Janeiro de 2023 - Instagram @janjalula



A socióloga de 56 anos é adepta da moda militante, com detalhes sutis, como cores vivas, tecidos reciclados ou uma estrela vermelha - símbolo do Partido dos Trabalhadores de seu marido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva - sob o solado de sandálias em couro. 

Antes da volta ao poder do ícone da esquerda, “Janja”, como é apelidada, era bastante adepta do look jeans-tênis, inclusive durante a campanha eleitoral. Mas tudo mudou desde a posse do presidente de 77 anos, em 1º de janeiro.

Primeira escolha forte: ela não usou um vestido, mas um elegante terno de seda decorado com estampas bordadas com fios de palha por mulheres nordestinas, reduto eleitoral e região natal de Lula. Tudo em tons champanhe, obtidos graças a uma tonalidade natural à base de caju e ruibarbo, abundantes no Brasil.

"A calça é um símbolo da emancipação feminina. Em Brasília, há vinte anos, as mulheres não podiam usar para ir ao parlamento ou ao Supremo Tribunal Federal", explicou à AFP Helô Rocha, estilista que desenhou a roupa com Camila Pedrosa.

- Chique e prático -

A escolha dos trajes de Janja vai ao encontro de sua intenção de "dar um novo significado à função de primeira-dama", como havia prometido durante a campanha, afastando-a de sua dimensão "patriarcal".

"Ela faz da moda nacional ligada às minorias um dos elementos para a construção da imagem de mulher progressista, feminista, independente e ligada às questões sociais", diz Benjamin Rosenthal, especialista em marketing na Fundação Getulio Vargas.

Em entrevista à Vogue, Janja garantiu que se vê como uma embaixadora da moda do seu país. "Conversei com estilistas e aprendi muito com eles, quero levar suas criações para onde eu for", garante a mulher de longos cabelos castanhos e óculos de aro grosso.

Durante uma visita oficial à Argentina, ela usou uma saia longa vermelha brilhante da Reptilia, marca muito badalada conhecida por suas roupas feitas com tecidos reciclados.

Janja gosta de roupas "práticas e que lhe dão a imagem de mulher que 'coloca a mão na massa'", diz Heloisa Strobel, 36 anos, fundadora da marca Reptilia. "Seria estranho vê-la em um vestido justo que ela mal consegue andar", comenta.

- Além dos clichês -

Seu estilo é bem diferente do de Michelle Bolsonaro, esposa do antecessor de Lula, Jair Bolsonaro (extrema direita, 2019-2022), que usava sobretudo roupas em tons pastéis.

Além dos tecidos reciclados da Reptilia, a primeira-dama também se apaixonou pela grife Misci, muito notada nas últimas edições da São Paulo Fashion Week. E, principalmente, por uma blusa azul celeste com estampas vermelhas representando Maria Bonita, ícone feminista e figura polêmica do nordeste brasileiro no início do século 20, vista por uns como uma heroína popular e por outros como uma criminosa sanguinária.

"A moda é uma materialização do momento sócio-político. Janja usa nossa marca como uma ferramenta para fazer suas roupas falarem", diz Airon Martin, 31, estilista da Misci, empresa em expansão, de olho no mercado internacional. "No exterior, o Brasil é conhecido pelos chinelos e pelo carnaval, mas também temos uma indústria de luxo muito bem-sucedida", destaca.

Por Luján Scarpinelli

 

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