Inditex vai lançar plataforma de segunda mão da Zara na França, Alemanha e Espanha este ano

Em novembro de 2022, o grupo Inditex lançou no Reino Unido a plataforma de segunda mão Zara Pre-Owned, que permite aos clientes dar uma nova vida às suas peças de roupa reparando-as, doando-as ou vendendo-as. A empresa agora está trabalhando para levá-la a novos mercados ainda este ano, começando pela França e Alemanha e continuando com a Espanha.

É o que afirmou Óscar García Maceiras, CEO do grupo têxtil Inditex, em entrevista exclusiva ao jornal econômico Expansión. O responsável destacou que a empresa está “fazendo todos os esforços para que a plataforma chegue a Espanha antes do final do ano”.

Essa plataforma de vendas de moda peer-to-peer se concentra apenas em itens da Zara e permite a conexão consumidor a consumidor.

Na referida entrevista à Expansión, Óscar García Maceiras falou sobre os desafios presentes e futuros e analisou algumas das iniciativas e linhas de atuação da empresa. O gestor abordou a relevância do modelo integrado de lojas físicas e vendas online do grupo, e disse que loja física “serve de suporte operacional essencial para nossas operações online”.

Em 2022, as vendas digitais do conglomerado cresceram 4%, enquanto as dos estabelecimentos físicos cresceram 23%. Com uma rentabilidade por metro quadrado 16% superior em 2022 face a 2019, o gestor indica que a área média das próximas aberturas do grupo se situará entre os 2.500 e os 3.000 metros quadrados, embora algumas de suas flag ship, como a loja da Plaza España, em Madri, tenham 7.000 metros quadrados.

De um ponto de vista mais estratégico, Maceiras descartou a criação de novas cadeias para acomodar as novas linhas de negócio que o grupo tem apostado nos últimos anos, sobretudo através da Zara. Embora a marca tenha criado corners específicos em suas lojas para suas linhas mais recentes, como a Zara Beauty, ela não prevê o lançamento de estabelecimentos independentes para essas subdivisões.

Em todo o caso, a Inditex, que não se identifica como uma empresa de “fast fashion”, continuará a usar a diversificação (em todas as suas cadeias, não apenas na Zara) como alavanca de crescimento.

Em relação a 2023, segundo Maceiras, o ano fiscal “começou com um bom desempenho”. “A empresa está com um desempenho plano, todos os mercados estão funcionando bem e estamos otimistas quanto à evolução do ano”, disse. No início do ano, as vendas do grupo cresceram 13,5% à taxa de câmbio constante, ou 17,5% excluindo o impacto dos mercados russo e ucraniano.

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