EFE
Estela Ataíde
13 de set. de 2023
Inditex ganha recorde de 2513 milhões no seu primeiro semestre fiscal (+40,1%)
EFE
Estela Ataíde
13 de set. de 2023
A empresa de moda Inditex, que engloba marcas como Zara, Pull&Bear ou Massimo Dutti, faturou o valor recorde de 2513 milhões de euros no seu seu primeiro semestre fiscal (fevereiro a julho), 40,1% a mais do que no mesmo período de 2022, conforme comunicado enviado na quarta-feira (13) à Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV).

As vendas cresceram 13,5% em termos homólogos, ultrapassando os 16.851 milhões (14.845 em julho de 2022), embora este indicador tenha aumentado 25% no ano passado para o período analisado.
O resultado operacional bruto (Ebitda) cresceu 15,7% e estabeleceu-se nos 4663 milhões entre fevereiro e julho.
A meio do ano de 2022, a Inditex apresentou um lucro de 1794 milhões, menos 719 milhões do que no mesmo período de 2023. A melhoria quantitativa se deve ao desempenho do modelo de negócios que levou a empresa a “um patamar superior”, declarou o seu CEO, Óscar Maceiras, em comunicado.
Um argumento é usado pelo dirigente devido ao “compromisso permanente com a criatividade, a qualidade dos produtos e a experiência do cliente, bem como pelo progresso decisivo na sustentabilidade”.
Dos resultados destaca-se a margem bruta (diferença entre receitas e despesas), que aumentou 14,1%, para 9801 milhões e se fixou em 58,2% das vendas (mais 27 pontos base face ao primeiro semestre de 2022).
Algo que a Inditex explica com o “forte desempenho operacional” desde fevereiro e a “normalização das condições” na cadeia de abastecimento.
Efetivamente, a empresa têxtil reduziu o inventário em 6,9% a 31 de julho, em comparação com a mesma data do ano anterior.
No final de 2023, a Inditex espera uma margem bruta estável de mais ou menos 50 pontos base, com um caixa líquido que aumentou 14,1% em relação ao mesmo período anterior, para 10.546 milhões de euros.
As vendas aumentaram em todas as zonas geográficas e em todos os formatos. Só na Zara e na Zara Home as vendas líquidas cresceram 13,1% em relação ao segundo semestre de 2022, para 12.362 milhões (o formato de maiores vendas).
Outras marcas também recuperaram no período em questão, como a Oysho, que aumentou as suas vendas em 18,3% (346 milhões); a Stradivarius, 17,7% (1075 milhões); a Massimo Dutti, 16,8% (842 milhões); a Berskha, 12,3% (1184 milhões) e a Pull&Bear, 11,4% (1042 milhões).
No período, a Inditex concluiu inaugurações em 20 mercados, somando 213 mercados, e no final operava 5745 lojas.
Para o segundo semestre deste ano, a gigante da moda garante que as coleções da campanha outono-inverno foram “muito bem recebidas” pelos seus clientes.
Assim, e tal como previsto, as vendas em loja e online à taxa de câmbio constante entre 1 de agosto e 11 de setembro aumentaram 14% face ao mesmo período de 2022.
Continuando neste ritmo, a gigante da moda deve se aproximar no final do exercício de um lucro de 5 bilhões.
Além disso, o crescimento bruto do espaço de loja das marcas Inditex deve se situar este ano, segundo a empresa, em cerca de 3% e continuará a sua tarefa de otimização, com uma contribuição esperada do espaço de venda “positiva” em 2023.
As ações da Inditex, a maior empresa cotada na bolsa espanhola, arrancaram hoje com fortes perdas apesar de o seu lucro ter superado as expectativas do mercado. As suas ações caíram 2,68% (34,83 euros por ação) meia hora depois do início da sessão e lideram as quedas em todo o mercado espanhol.
Apesar deste retrocesso, no valor acumulado do ano revalorizou-se mais de 40%. A Inditex atinge uma capitalização bolsista de 109.581 milhões de euros.
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