Inditex (Zara) dá continuidade à sua expansão em 2014

A gigante espanhola do têxtil Inditex, proprietária da Zara, viu seu lucro líquido avançar no seu exercício fiscal 2014/15, findo em janeiro, puxado pela sua expansão e pela alta das suas vendas.

O lucro líquido atribuído ao grupo avançou 5% para 2,5 bilhões de euros, segundo um comunicado. Está em linha com as expectativas dos analistas questionados pelo fornecedor de informações financeiras Factset, que contavam em média com um resultado líquido de 2,49 bilhões.
 
Seu excedente bruto de exploração (Ebitda) cresceu no mesmo período 4,5%, alcançando 4,1 bilhões, e suas vendas , 8,3% para 18,12 bilhões de euros.

Seu crescimento havia sofrido uma leve desaceleração em 2013 por causa dos efeitos cambiais desfavoráveis, sem contar com a morosidade econômica na Espanha, onde o grupo realizou 20% das suas vendas.
 
Em 2014, o grupo, com suas oito marcas, dentre as quais Massimo Dutti, Bershka e Stradivarius, sofreu ainda com efeitos das taxas de câmbio, mas em menor medida. Com taxas médias de câmbio, suas vendas aumentaram 11%.
 
Além disso, a economia espanhola recuperou fôlego, com um crescimento do produto interno bruto (PIB) de 1,4%.
 
“A Inditex está dando continuidade ao desenvolvimento global do seu modelo integrado de lojas e de vendas on-line”, segundo o comunicado.
 
Esta tendência prosseguiu entre o 1º de fevereiro e o 14 de março, com uma alta das vendas, com taxas médias de câmbio, de 13%, explica o comunicado.
 
Inditex, para quem a Europa continua sendo muito importante, mas que está se desenvolvendo muito em outras partes do globo, abriu 343 novas lojas. No momento, ela conta com 6.683 em 88 países e emprega cerca de 137.000 pessoas.
 
O grupo investiu para essas aberturas, bem como na repaginação de lojas existentes e no desenvolvimento de uma nova imagem para sua principal marca Zara, 1,4 bilhão de euros. Ela prevê investir nisso mais 1,35 bilhão em 2015.
 
A marca foi criada em 1963 na Galícia, no nordeste da Espanha, onde ela conta hoje com sua sede, mas também com centros de fabricação e plataformas logísticas.
 
O grupo prevê pagar um dividendo de 0,52 centavos de euro por ação e implantar, para uma parte dos seus funcionários, um programa excepcional de participação nos lucros.