Índice do algodão brasileiro CEPEA/ ESALQ aumentou 68,2% em 2021

Após testemunhar um aumento de 42% em 2020, o Índice CEPEA/ESALQ para o algodão disparou 68,2% em 2021, fechando em R$ 6,4085/ libra em 27 de dezembro. Produção mais baixa, demanda firme, preço internacional do algodão mais alto, altos níveis do dólar contra real, e aumento no preço de paridade de exportação foram os motivos para o aumento no preço.
   

Os preços do algodão brasileiro vêm apresentando tendência de alta desde meados de 2020 e, em 2021, atingiram os maiores níveis nominais da série do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

Além disso, a alta participação da produção anteriormente comercializada por meio de contratos de exportação reduziu a disponibilidade de algodão no mercado spot ao longo do ano. O preço de paridade de exportação subiu 48% de 30 de dezembro de 2020 a 27 de dezembro de 2021, impulsionado pelo aumento de 8,68% do dólar em relação ao real, e pelo Índice Cotlook A, que subiu 47% no mesmo período.

Em dezembro de 2021, a média do Índice era de R$ 6,3537/ libra, o que é um recorde em termos nominais. Em termos reais (IGP-DI novembro de 2021), o preço médio de dezembro foi o maior desde abril de 2011, quando atingiu R$ 8,3193/ libra.

Enquanto isso, dados da CONAB, Companhia Nacional de Abastecimento, indicam que, em comparação com a safra anterior, a área plantada caiu 17,7% na safra 2020-21 para 1,37 milhão de hectares. Além disso, a produtividade diminuiu 4,5% para 1.721 kg/ hectare. Portanto, a produção total de algodão na temporada 2020-21 deve diminuir 21,4%, para 2,36 milhões de toneladas.

Em 2021, de janeiro à quarta semana de dezembro, o Brasil exportou 1,94 milhão de toneladas de algodão, ou seja, 9% a menos em relação ao recorde registrado em 2020.