Exclusivo
25 de abr. de 2012
Impasse com a Argentina continua
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25 de abr. de 2012
Os calçadistas brasileiros estão enfrentando mais dificuldades para exportar para a Argentina, pois têm de atender às novas exigências impostas pelo país vizinho, principalmente as declarações antecipadas de importação (DJAI) necessárias para que ocorra a liberação das licenças de importação.
Levantamento realizado pela Abicalçados no dia 6 de março junto aos seus associados indicou que há 2.853.007 de pares de sapatos à espera da emissão do documento. Deste montante, 1.748.249 são ainda pendências de 2011 e o restante de janeiro aos primeiros dias de março deste ano.
Com pendências ainda de setembro - ou seja, mais de 180 dias -, em meados de março o grupo Priority, com matriz em Ivoti, conseguiu a liberação das licenças não automáticas e enviou para a Argentina 40 mil pares de calçados. “A demora das licenças é o caso mais grave, pois acaba adiando a venda, além de colocar em risco a conquista de mercado”, disse Rafael Schefer.
A holding detém as marcas West Coast e Cravo & Canela. Cerca de 20% dos 2,5 milhões de pares produzidos são exportados, sendo que a Argentina representa 20% do mercado internacional.
Segundo Heitor Klein, diretor executivo da Abicalçados, está um caos exportar para a Argentina. “As empresas ainda não estão entendendo o processo”. Confusão endossada por Denilson Ferreira da Silveira, diretor comercial da Shoes Exportadora e Importadora, que representa a Piccadilly, fabricante de Igrejinha. “Só teremos mais detalhes quando for iniciada a temporada de embarque”.
A Piccadilly produz 10 milhões de pares/ano, sendo 30% exportado, volume em que a Argentina tem 9% de participação. Também o titular da Câmara de Importadores da Argentina (Cira), Diego Pérez Santisteban, se queixou, em um site argentino, que o governo tem demorado na liberação das licenças.
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