Iguatemi registra queda de 29,2% no lucro líquido no terceiro trimestre

Por

Novello Dariella

Publicado em
12 de nov. de 2020

Assim como seus pares, a Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A. foi impactada pelo fechamento temporário de seus estabelecimentos em decorrência da pandemia, o que gerou queda de 29,2% no lucro líquido no terceiro trimestre, atingindo 5,1 bilhões de reais, com margem líquida de 33,8%. 100% das operações foram reabertas em agosto, ainda que com restrições. 

Em comunicado com os resultados trimestrais, a Iguatemi informou que o FFO atingiu 98,1 milhões de reais, uma diminuição de 17,5%. Os custos e despesas diminuíram 2,2%, em função das medidas de contenção adotadas para enfrentar o cenário de crise, e o EBITDA atingiu 134,1 milhões, 20,4% a menos, com margem de 73,6%.

No período, as vendas totais atingiram 1,8 bilhões de reais, uma queda de 45,2% em relação ao mesmo período do ano passado, com redução de 37,5% nas vendas mesmas lojas e de 42,9% nas vendas mesmas áreas. De acordo com a empresa, os segmentos que melhor desempenharam foram as operações de serviços essenciais, como Mercados e Saúde & Beleza, uma vez que continuaram operando mesmo durante os fechamentos temporários. 

Por sua vez, os aluguéis mesmas áreas caíram 32,8% e os aluguéis mesmas lojas caíram 28,5%. A Iguatemi explicou que continuou concedendo descontos ao longo do trimestre "de acordo com o perfil do empreendimento e a área de atuação de cada lojista”. 

No trimestre, seguindo uma tendência global, a companhia continuou o desenvolvimento de sua estratégia omnichannel, e expandiu seu marketplace Iguatemi 365 - que oferece mais de 15 mil produtos de 350 - para cinco novas capitais em setembro: Florianópolis, Salvador, Belo Horizonte, Fortaleza e Recife, totalizando atendimento para 11 capitais e 28 cidades. Além disso, ainda no mês de setembro, a empresa inaugurou um espaço exclusivo do Iguatemi 365 no condomínio Quinta da Baroneza, em Bragança Paulista, interior de São Paulo, que funciona como espaço para retirada de compras, atendimento personalizado, entre outros. 

Quanto ao cenário atual, Carlos Jereissati, CEO da Iguatemi, se mostrou otimista, declarando: "A Iguatemi está preparada para dar continuidade ao processo de ampliação das atividades dos empreendimentos e retomada do varejo, com equipes treinadas e implementando todos os protocolos de saúde e proteção necessários para que clientes, lojistas, colaboradores e fornecedores se sintam seguros em nossos shoppings e outlets. Seguiremos adotando uma postura transparente, focados em operar com todo o cuidado que este novo cenário exige, e atentos às inovações para aprimorar ainda mais a experiência de consumo omnichannel”.

“Com a retomada das atividades em todos os nossos empreendimentos e a ampliação nos horários de funcionamento, vimos nossa capacidade de utilização aumentar de 33% no final do segundo trimestre para 69% em setembro. O efeito dessa melhora expressiva é observado diretamente na evolução das vendas nos nossos ativos, que vem em crescente continua, passando de 155 milhões de reais no início das reabertura em maio para 773 milhões de reais em setembro, patamar apenas 23% abaixo dos números vistos no mesmo período de 2019 pré-pandemia”, concluiu Jereissati.