Exclusivo
3 de jan. de 2013
Heitor Klein não vê melhora no horizonte calçadista
Exclusivo
3 de jan. de 2013
Muitos setores da economia traçam boas expectativasde negócios para ospróximos 12 meses. Esse panorama positivo, porém, não encontra eco na indústria do calçado. Enfrentando dificuldades internas e externas, empresários olham para o horizonte e enxergam as mesmas sombras enfrentadas no último ano.
Para o diretor executivo da Associação Brasileiradas Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, se as esferas do governo, tanto federal quanto estadual, não acelerarem as medidas em prol dacadeia produtiva, o calçado terá, em 2013, um ano de estagnação com tendência à queda. “O quadro de redução nas exportações, aumento na importação e desigualdade competitiva deve dominar todo o novoano”, acredita.
Consumo em desaquecimento - Com o consumo interno de sapatos em crescimento inferior ao de anos anteriores, os empresários do setor acendem a luz de alerta também no mercado brasileiro. O risco, agora, é de uma estagnação nas vendas domésticas. “Isso preocupa, pois as importações de calçados vêm crescendo notavelmente, o que leva a conclusão de que o crescimento que houve no varejo em 2012 foi todo aproveitado pelos importados”, analisa Klein. Hoje, muitas marcas investem no mercado interno, justamente pelos problemas nas exportações.
Para Heitor Klein, o Rio Grande do Sul é o Estado que sofre mais o impacto dos problemas do setor. “A crise nas exportações tem efeito direto na indústria gaúcha, pois somos ainda os líderes em vendas ao exterior. Fora isso, o Estado sofre coma desigualdade competitiva na questão tributária.” Para o executivo, o quadro é preocupante no País, mas em particular no RS. “Qualquer situação adversa é mais destacada aqui”, afirma.
Solução passa pelo governo - Para mudar o horizonte sombrio, Klein defende uma atuação mais forte dos agentes governamentais. “O governo já vem sinalizando redução na carga tributária e revisão na legislação trabalhista, mas é preciso mais”, reitera. Para o diretor executivo da Abicalçados, o governo Federal precisa aplicar com mais determinação os mecanismos de defesa comercial. “Isso pode trazer uma situação um pouco menos difícil para o produtor nacional”, observa.
Copyright © 2024 Exclusivo On Line. Todos os diretos Reservados.