H&M: lucro líquido anual reduzido para um décimo, um terço das lojas atualmente fechadas

A gigante sueca de moda H&M anunciou na sexta-feira (29) que seu lucro líquido anual foi reduzido para um décimo devido à pandemia, que voltou a afetar fortemente o grupo, que está atualmente com mais de um terço de suas quase 5.000 lojas fechadas.

Ao longo do seu exercício anual (dezembro-novembro), o peso-pesado do vestuário obteve um lucro líquido de 1,24 bilhão de coroas (cerca de 120 milhões de euros), uma queda de 90%, penalizado por um recuo de 20% no seu volume de negócios, para 187 bilhões de coroas.
 
"As nossas medidas para mitigar os efeitos negativos das restrições em curso e dos encerramentos continuam; embora a situação no momento em que se escrevem estas linhas seja muito difícil, o grupo H&M está aguentando", comentou a líder do grupo, Helena Helmersson, no relatório financeiro anual, felicitando-se por ter mantido os lucros no verde.

Apesar da nova onda da pandemia, a H&M não mudou o seu plano de fechamento de lojas para 2021, que ainda prevê 350, "principalmente nos seus mercados estabelecidos", e 100 inaugurações este ano.
 
“As vendas foram significativamente afetadas pela pandemia, especialmente no segundo trimestre”, durante o qual até 80% das lojas do grupo sueco estiveram fechadas em todo o mundo, resumiu o grupo.
 

1.800 lojas fechadas

Entre os seus dez principais mercados, a Hennes & Mauritz indicou ter sofrido mais na França (-28% do volume de negócios) e na Itália (-24%), dois países muito afetados pelos confinamentos anti-Covid, assim como nos Estados Unidos (-17%) e no Reino Unido (-16%). Alemanha e China, respetivamente o primeiro e o quarto mercados da H&M, resistiram melhor (-3%).
 
Ao mesmo tempo, o grupo registrou "um forte desenvolvimento" de cerca de 40% das vendas online. Estas representaram quase 28% das vendas anuais da H&M.
 
Na Bolsa de Valores de Estocolmo, logo após as 9h00 GMT, as ações caíram de 3%, oscilando em torno de 180 coroas.
 
Após uma melhoria acentuada nas aberturas de lojas no terceiro trimestre, a situação voltou a se agravar no final do ano com o forte recomeço da pandemia na maioria dos países.

No quarto trimestre (setembro-novembro), as vendas caíram 15% para 52,55 bilhões de coroas, e o lucro líquido caiu 41% para 2,49 bilhões, ligeiramente abaixo do consenso dos analistas relatado pela Bloomberg.
 
Para o período de dezembro a janeiro, excluindo os resultados anuais, a H&M especificou que o volume de negócios caiu 23% devido à segunda onda da pandemia e ao fechamento de lojas.
 
Nas últimas semanas, mais de 1.800 das 5.000 lojas do grupo não puderam abrir devido às restrições, ou seja, 36%, disse o grupo.