A Gucci, marca principal da Kering, estabeleceu uma meta de crescimento duas vezes mais elevada que a do mercado do luxo, e espera superar a barreira dos 10bilhões de euros em faturamento. A marca florentina pretende competir com a Louis Vuitton, a marca número um do luxo mundial, propriedade do grupo LVMH, cujas vendas são estimadas em mais de 8 bilhões de euros, segundo os analistas.

De acordo com uma apresentação realizada pela Kering nesta quinta-feira, a propósito da conferência destinada aos investidores em Florença, a Gucci espera também aumentar a sua rentabilidade e estabeleceu como meta superar os 40% de margem operacional.

A marca, que registra um crescimento incomum e completamente sem precedentes no mundo do luxo, ultrapassou largamente os objetivos de médio prazo estabelecidos pelos seus diretores em junho de 2016 e decidiu atualizar as suas previsões. A empresa espera registrar um volume de vendas duas vezes superior ao alcançado desde 2017 pelo mercado de luxo, que tem sido de 6% a taxas de câmbio constantes, segundo o gabinete Bain & Co.

Publicidade

Nas mãos de Marco Bizzarri, antigo diretor da Bottega Veneta, desde 2015, após dois anos de queda a Gucci regisrou um espetacular relançamento pelas mãos do seu designer Alessandro Michele.

Após ter registrado um aumento de vendas de 13% em 2013 e ter saltado 45% em 2017, a Gucci continuou a crescer e superou todas as previsões no primeiro trimestre de 2018, com um crescimento orgânico de 49%, apesar de uma base de comparação particularmente elevada. Em 2017, o seu volume de vendas atingiu os 6,2 bilhões de euros.

A rentabilidade operacional da empresa, que atingiu os 34,2% em 2017 e superou os 30% previstos para 2016, deverá ficar em 2018 acima dos 35,4% previstos pelos analistas, conforme indicado em abril passado pelo diretor financeiro da Kering por altura da publicação de faturamento trimestral do grupo.