Grupo H&M decepciona no primeiro trimestre de 2018
Enquanto a sua rival Inditex (proprietária da Zara, Pull & Bear, entre outras marcas) anunciou na quarta-feira (14) um aumento de 9% nas vendas (+ 5% em termos comparáveis) em 2017, a H&M parece mais frágil do que nunca. A empresa anunciou em um comunicado sucinto que suas vendas em moeda local ficaram estáveis no primeiro trimestre de 2018, mas não especificou o valor.
Convertidas em coroas suecas, as vendas no período de 1º de dezembro de 2017 a 28 de fevereiro de 2018 atingiram 53,554 bilhões, incluindo o IVA (5,3 bilhões de euros), enquanto totalizaram 54,369 bilhões no primeiro trimestre de 2017, apresentando um aumento de 7% em relação a 2016. Nos três primeiros meses do exercício de 2018, o Grupo H&M registrou, portanto, uma queda de 1,5% no volume de negócios.
Excluindo o IVA, as vendas totalizaram 46,185 bilhões de coroas no primeiro trimestre, em comparação com 46,985 bilhões no primeiro trimestre de 2017 (um aumento de + 8% no período), o que corresponde a uma queda de 1,7%.
Já no quarto trimestre de seu ano fiscal de 2017, o grupo apresentou inesperadamente uma queda de 4% na atividade de setembro a novembro (-2% em moedas locais). O resultado não satisfez os investidores e não atingiu a previsão de + 1.2% estabelecida pelos analistas.
O desenvolvimento de novas marcas (Arket, Nyden, Afound) e a implantação do canal de comércio eletrônico (que representa 12,5% do volume de negócios do grupo até o momento) são primordiais para o futuro do grupo, além da racionalização da rede H&M, responsável por cerca de 93% das vendas totais do grupo.
A empresa, que controla 4.743 lojas, em comparação com 4.393 no mesmo período do ano passado, admitiu recentemente que “com a mudança que está acontecendo na indústria e o processo de transição realizado atualmente pelo grupo H&M, 2018 será um ano de desafios. As vendas em mesmas lojas devem permanecer em déficit, com uma melhora gradual ao longo do ano”.
Como consequência dos resultados fracos, as ações da H&M caíram na Bolsa de Valores de Estocolmo (-4,5% na parte da manhã). O grupo deve publicar em 27 de março resultados mais completos para este período.
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