Novello Dariella
12 de mar. de 2021
Grendene registra crescimento de 47,7% no lucro líquido no quarto trimestre de 2020
Novello Dariella
12 de mar. de 2021
A Grendene, empresa brasileira de calçados proprietária de marcas como Melissa, Grendha, Rider, entre outras, registrou lucro líquido de 314,6 milhões de reais no quarto trimestre de 2020, um crescimento de 47,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo a companhia, o resultado se deve ao “elevado volume de pares embarcados, o reajuste de preços concedidos a partir de outubro, o controle das despesas operacionais e o ganho financeiro oriundo das aplicações em renda variável”.
A receita bruta totalizou 1 bilhão de reais, o melhor trimestre da história da Grendene, e o volume de pares foi de 62,1 milhões, o segundo melhor, com crescimento de 26,8%. A receita líquida, por sua vez, ficou em 837,1 milhões de reais, um avanço de 25,7%, e o Ebit recorrente totalizou 227,8 milhões de reais, aumento de 47,2%.
No mercado interno, a receita bruta aumentou 40,8%, enquanto o volume de pares cresceu 36%, para 51,8 milhões no quarto trimestre, "refletindo o incremento na receita bruta por par de 3,5% em virtude, especialmente, do reajuste de preços promovido, a partir de outubro, para recompor o efeito dos aumentos das matérias-primas”. Quanto às exportações, "o agravamento da pandemia em diversas regiões do mundos ao longo do quarto trimestre impactou as vendas, que caíram 5,4% em volume e 6,1% em receita bruta, atingindo 10,3 milhões de pares e 179,5 milhões de reais respectivamente". A América Latina foi o principal destino dos produtos da Grendene no período.
A empresa de calçados disse que o desempenho positivo no quarto trimestre "reflete a excelente receptividade das coleções primavera/verão pelos clientes, o afrouxamento das medidas restritivas ao comércio, a prorrogação do auxilio emergencial concedido pelo Governo Federal durante a pandemia de Covid- 19; a escassez de matérias-primas no mercado, ocasionando a concentração de pedidos em grandes fabricantes de calçados, em função do receio dos lojistas de ficar sem produtos nas principais datas do varejo do quarto trimestre (Dia das Crianças, Black Friday e Natal) e, por fim, a maior demanda por produtos de chinelo de dedos e gáspeas, em detrimento a outras categorias de calçados".
Quanto à Melissa, a marca mais conhecida da Grendene internacionalmente "apresentou o melhor desempenho de sua história em um trimestre em faturamento", após embarcar um volume 7,7% superior ao do mesmo período do ano anterior, com receita bruta por par 13,4% maior devido à desvalorização cambial nas exportações. A empresa inaugurou sua primeira unidade própria do Clube Melissa em Los Angeles, Estados Unidos, e espera abrir outras lojas próprias ainda este ano, nos Estados Unidos e na China.
Por fim, a Grendene tem acelerado a sua transformação digital internalizando suas operações online. Foram lançadas operações completas de venda online direta ao consumidor das lojas da Rider, Grendene Kids e Ipanema e também a plataforma B2B de venda online para lojistas de todas as marcas. A companhia espera que até o fim do primeiro trimestre, todas as marcas estejam operando em suas plataformas proprietárias, estratégia que já tem mostrado os frutos, evidenciado pelo aumento de 380% nas vendas realizadas em dezembro nos canais online.
"Encerramos o trimestre com perspectivas positivas para o ano de 2021, quando comemoramos 50 anos de história e confiantes de nossos resultados, embora cientes das incertezas que ainda permanecem diante da aceleração dos casos de coronavírus no país e no mundo, do impacto do fim do auxílio emergência no Brasil, bem como do elevado nível de desemprego e da situação fiscal do país. A recente aprovação de vacinas contra a Covid-19 traz grande esperança para o mercado no que diz respeito ao controle da pandemia e a volta à normalidade”, declarou a Grendene no comunicado dos resultados.
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