Giambattista Valli exalta o espírito multicultural dos anos 70
Entre o look de jornalista aventureira tipo Oriana Fallaci, com o lenço amarrado no pescoço, o macacão em denim preto ou calças retas e um pequeno casaco, ou a sacerdotisa iluminada numa maxi túnica e o rosto, literalmente, irradiando luz graças a uma maquiagem de glitter, Giambattista Valli ofereceu ao seu público, na segunda-feira, um revival da década de 1970, inspirado pelo espírito multicultural que caracterizou a época.
Uma coleção surpreendente, que afasta o criador do seu habitual universo romântico hiperfeminino. Nela, encontramos influências do Médio Oriente, uma visão um pouco fantasista da Índia e a presença do Ocidente através de ternos masculinos elegantes e de vestidos de noite glamorosos.
“É uma viagem em busca de si mesma, confrontando-se com diferentes culturas. Quis um choque de culturas, uma liberdade total de expressão, para deixar claro que pode haver uma harmonia extraordinária no mundo sem ser condicionada pela globalização”, resumiu o estilista italiano, que fundou a sua casa em Paris, onde desfila desde a sua estreia.
Os motivos étnicos e os tecidos afegãos coabitam com vestidos florais e com folhos ou com lã escocesa, utilizada em elegantes ternos em xadrez de três peças. Micro coletes em crochet do tamanho de um sutiã ou boleros em macramé são colocados sobre longas túnicas monocromáticas ou vestidos folclóricos.
Para aperfeiçoar este estilo neo-seventies, as modelos calçam sandálias forradas ou imponentes botas acima do joelho e colocam uma minúscula bolsinha ao redor do pescoço, pendurada por um laço como se fosse um colar.
Giambattista Valli criou também uma série de deslumbrantes maxicasacos que chegam até aos pés, em pelo curto, veludo brilhante, lã encaracolada, em cinzento com quadrados brancos, etc. Isto sem esquecer a versão escura do trench coat.
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