6 de jul. de 2018
Gerente da Recco fala sobre investimento da marca no mercado externo
6 de jul. de 2018
Da produção na garagem de Antonio Fernandes Recco a uma das maiores referências nacionais quando se trata de moda íntima: a Recco se tornou conhecida por atender a diversos tipos de corpos. Prestes a completar 40 anos de existência, a marca investe em tecnologia, e lança este ano a nova Malha Eco, desenvolvida a partir de fios feitos com fibras provenientes de garrafas Pet e amaciante feito de um óleo extraído da casca de arroz.

Outra novidade é a Recco Man, que traz tecidos como o Thermo Dry. Ele tem a chamada "inteligência thermal", que deixa o corpo masculino mais seco em relação ao suor e na temperatura adequada para atividades de alta performance, por permitir uma maior respiração da pele.
Em entrevista ao Fashion Network, a gerente de Treinamentos da Recco, Betulla Vicentino Bazaani, falou sobre essas novidades e sobre os planos de internacionalização da marca. Confira:
FASHION NETWORK: Quais são os planos da Recco para 2018 em termos de crescimento?
Betulla Bazaani: Apesar da dificuldade comercial, a Recco tem visto de uma forma muito positiva a economia. As vendas têm sido muito boas.

FASHION NETWORK: Como estão os planos de internacionalização da marca?
Betulla Bazaani: Estamos participando de feiras internacionais, já fomos este ano para Nova York, Itália, vamos para Paris no próximo mês. A Recco tem investido em exportação. As lingeries que vão para fora são as mesmas que vendemos no mercado brasileiro, porque temos, em média, 1.500 referências que vestem corpos dos mais diferentes tipos. Entendemos que vestir a brasileira é vestir um dos corpos mais democráticos que existem, e desta forma conseguimos vestir europeias e americanas com qualidade.
FASHION NETWORK: Vocês estão no mercado há quase 40 anos. Percebem uma mudança no comportamento da brasileira quanto ao consumo de lingerie?
Betulla Bazaani: "Não só da mulher, mas do homem também. Eles têm buscado mais conforto. Percebemos nos últimos anos que as lingeries com armações estão vendendo menos e abrindo espaço para lingeries mais confortáveis, sem bojo, sem aro com renda de mais qualidade, as pessoas estão mais criteriosas em relação a isso. Temos uma linha de plus size chamada Bella G. Para homens temos a Recco Man, que não é roupa. Temos pijamas, conjuntos de três peças, mas as peças são tão sofisticadas que os nossos clientes por conta própria usam nas ruas. Esse foi também o caso da Mediterrânea, inicialmente de pijamas femininos que se tornou uma marca de roupas, por conta da sofisticação que foi levada para as ruas pelas clientes.

FASHION NETWORK: A sustentabilidade já é uma preocupação da Recco? Vocês já percebem de fato uma preocupação dos consumidores com relação a isso?
Betulla Bazaani: "A sustentabilidade é uma preocupação da Recco sim porque percebemos que. A Recco tem uma consciência humanizada muito legal. Usamos disso, principalmente na nossa fábrica, reaproveitamos papéis, economizamos copos plásticos. Vários detalhes pequenos, porém temos a grandes ações. Temos tecidos ecológicos, que poluem menos o meio ambiente. E o nosso cliente que é mais formador de opinião busca sim produtos com material sustentável, biodegradável. A gente não chegou ainda a perder venda por motivo de falta de sustentabilidade mas já ganhamos mercado por conta de pessoas que tem consciência mais ecológica e que querem as peças que a gente sinaliza, que são peças com a consciência mais verde.
No próximo semestre o lançamento já tem feito muito sucesso de venda, já cresceu em relação ao mesmo período do ano passado, a empresa e a marca têm crescido com o tempo e isso tem sido muito positivo".
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