Olivier Guyot
17 de abr. de 2013
Gap : uma subcontratada pega em um caso de trabalho ilegal no Brasil
Olivier Guyot
17 de abr. de 2013
Desde janeiro, o superindustrializado Estado de São Paulo, no sudeste do Brasil, instituiu uma lei contra o trabalho escravo que prevê penas como o fechamento de empresas direta ou indiretamente ligadas a essas infrações.
O Brasil optou há anos por uma política de proteção de sua indústria, taxando com muita força as importações. As marcas internacionais, que desejam se desenvolver neste mercado, optam assim por uma produção local. Efeito negativo, parece que unidades de produção estão empregando mão de obra informal, em muitos casos boliviana, em condições próximas da escravidão.
Em agosto de 2011, a Zara se envolveu num caso em que uma empresa subcontratada informal de sua terceirizada local, a empresa Rhodes, empregava 52 bolivianos em condições degradantes.
Hoje é a Gap que se encontra em uma situação semelhante. Segundo a imprensa brasileira citada em um dossiê do Corrier International, uma subcontratada da licenciada da Zara, a GEP, empregava 28 trabalhadores bolivianos. A comissão parlamentar dos Direitos Humanos de São Paulo conduzia uma investigação sobre este caso.
Esta revelação cai muito mal para a Gap que anunciou suas primeiras aberturas de lojas em São Paulo e no Rio de Janeiro para o outono de 2013. A Gap vê também seus esforços para promover sua imagem social de novo desperdiçados. Em 2007, os Americanos tiveram de administrar uma crise, após o lançamento de um artigo do jornal britânico The Observer, o qual havia levantado que uma confecção indiana, produzindo para a Gap, fazia crianças trabalharem sem pagá-las. A Gap havia então explicado que a subcontratada não tinha respeitado os acordos.
A GEP, licenciada da Gap no Brasil, refutou qualquer prática de trabalho ilegal.
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