Galeries Lafayette espera recuperar seu nível pré-Covid em 2024
Ainda sob o impacto da crise sanitária, o diretor geral do grupo Galeries Lafayette, Nicolas Houzé, falou sobre a situação difícil. Em entrevista à JDD, o executivo informou que as vendas da tradicional lojas de departamentos caíram 50% em 2020, e disse que não espera um retorno aos níveis pré-crise de saúde antes de 2024.
“No ano passado perdemos quase metade do nosso faturamento, ou seja, 1,7 bilhão de euros. Nunca sofremos um impacto tão grande em 125 anos de história”, disse Houzé.
Atualmente, a Galeries Lafayette ainda está sentindo os efeitos das restrições sanitárias devido ao fechamento. desde o final de janeiro, de pontos de venda que somam mais de 20 mil metros quadrados. O gestor descreve como “injusta e injustificada” a medida de fechamento de 30% das lojas do grupo, que geram 70% do volume de negócios, colocando 7.000 colaboradores em trabalho parcial.
Embora a crise tenha "acelerado a nossa evolução digital", "as vendas online, que representam 5% do nosso faturamento global, não compensam os fechamentos", explica, acrescentando que todo um ecossistema está sofrendo, principalmente marcas associadas vendidas nas maiores lojas na cadeia.
“Nunca comprovaram que nossas lojas são lugares perigosos”, diz ele. “Dos 4.000 funcionários que trabalham na Haussmann, tivemos 200 casos positivos, dos quais 10% foram no local de trabalho, desde 30 de maio de 2020”.
No entanto, Nicolas Houzé diz estar convencido de que os clientes estrangeiros, “que representam 60% do volume de negócios da loja da Haussmann”, mas que não podem viajar devido à crise de saúde, “vão retornar”.
Portanto, “isso não implica em cortes de pessoal ou decisões drásticas para reformar as lojas”. Nesse ponto, no entanto, o grupo embarcou em um plano de reorganização no final do ano passado, que inclui um plano de demissão voluntária visando 185 cargos, principalmente na sede principal.
Por outro lado, a empresa obteve no ano passado um empréstimo com aval do Estado francês de 300 milhões de euros, e está atualmente em negociações para lidar com as despesas fixas, com um teto de 10 milhões de euros, que, segundo o CEO, "representa apenas o equivalente à uma semana de inatividade. A ideia não é viver do estado, mas sim recomeçar”, conclui.
(com informações da AFP)
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