Furla adia projeto de cotação em bolsa
A Furla está trabalhando em um importante novo projeto e adiou, por enquanto, a sua entrada em bolsa. Durante vários meses, a marca italiana de artigos de couro, propriedade da família fundadora Furlanetto, deu a entender que suspenderia o seu projeto de cotação. O seu diretor-geral, Alberto Camerlengo, confirmou a informação na segunda-feira (27) em entrevista ao Affari e Finanza, o caderno econômico do jornal italiano La Repubblica.

"A empresa cresceu muito e a família acredita que ainda há valor não expresso antes de abrir o capital", disse o diretor na ocasião. Efetivamente, o projeto de cotação não está completamente excluído, mas não ocorrerá a curto prazo, explicou a marca, que pretende permanecer independente.
Foi neste contexto que a sociedade de investimento Tamburi Investment Partners (TIP), que havia adquirido uma participação minoritária em 2016 através de um aumento de capital por meio da emissão de obrigações, se retirou em outubro do ano passado.
O fundo, que possui participações em outras marcas de moda, incluindo Hugo Boss e Moncler, investiu 15 milhões de euros em 2016. Este vendeu as suas ações por 35 milhões. Giovanni Tamburi e Alessandra Gritti, respetivamente presidente e diretora-geral da TIP, continuam no conselho de administração da Furla.
A participação da TIP foi adquirida pela Bloom, holding da presidente da Furla, Giovanna Furlanetto, e dos seus filhos. A empresa controla agora 70% da marca, com os 30% restantes nas mãos de outros familiares.
A empresa anunciou em setembro um acordo com a Mavive para se lançar na perfumaria e abriu a sua terceira loja em Londres, no centro comercial Westfield. Após seis anos de evolução muito forte com um crescimento de dois dígitos, a marca de carteiras italiana, posicionada no luxo acessível, desacelerou em 2018. Esta alcançou um volume de negócios de 513 milhões de euros com um aumento de 2,8% (+5,2% à taxa de câmbio constante) em relação ao ano anterior.
"Nos próximos meses, haverá vários anúncios e também investimentos importantes que afetarão a empresa como um todo", antecipou Alberto Camerlengo. Um novo projeto deverá ser apresentado nos próximos meses. A Furla não tem intenção de abrir novas lojas, mas sim de renovar o seu parque atual com um novo conceito de design. Em termos de distribuição por atacado, a empresa fez uma reestruturação, reduzindo o número de revendedores.
A empresa, fundada em 1927 em Bolonha, gera 70% das suas vendas através da sua rede de 490 lojas monomarca, sendo 285 de gestão direta, 163 franquias, e 42 de travel retail, em 98 países. A marca também é distribuída em 1.200 pontos de venda multimarcas.
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