3 de jun. de 2019
Fundador da Acaju do Brasil fala sobre como tem driblado a crise e conquistado consumidores
3 de jun. de 2019
Fundada em 2011, por Dimitri Mussard, a Acaju do Brasil, tornou-se um dos mais influentes showrooms do país. Percebendo uma lacuna no mercado, o empresário lançou essa agência pioneira no mercado nacional e, em menos de um ano, conquistou um sólido portfólio de clientes entre as marcas de moda premium. Em entrevista ao Fashion Network, ele falou sobre os planos de crescimento e desafios do mercado. Confira a seguir:
FASHION NETWORK: Vocês estão no mercado desde 2011. Já é possível mudar alguma mudança no comportamento dos consumidores desde então?
Dimitri Mussard: Quando abrimos a Acaju do Brasil nossos clientes (atacado somente na época) queriam ver produtos "famosos" ou usados por "famosos". O Brasil estava em alta, e o câmbio também, mas, com a crise, muita coisa mudou. As marcas fortes não estavam dispostas a conceder descontos grandes, e nós tivemos que buscar marcas alternativas. Mas ao mesmo tempo nossos clientes passaram a desejar produtos diferentes, únicos...Os casacos do Uzbequistão e os colares mexicanos que vendemos hoje não teriam recebido tanto atenção há dez anos.
Há planos de expansão de abertura de novas lojas?
Dimitri Mussard: Recebemos ofertas para abrir "corners" Acaju do Brasil dentro de lojas, mas estou avançando com muito cuidado. As marcas que importamos no Brasil têm pouco estoque, muitas são ligadas ao conceito de "slow fashion". Não quero abrir mão da curadoria peculiar que tentamos ter. O fato de ter aberto há pouco tempo nosso e-shop já nos dá uma presença nacional.
Vocês atuam como loja e como showroom. As marcas que têm principalmente a presença online sentem a necessidade de ter um espaço físico para que os clientes possam de fato ver e tocar nas peças?
Dimitri Mussard: Absolutamente. As marcas que temos não são marcas que todo mundo conhece, e o conceito da Acaju do Brasil é de ser um gabinete de curiosidades. Sem esse gabinete seria impossível para nossos clientes entender a qualidade dos produtos, as histórias dessas marcas...
Vocês já atuam no mercado de e-commerce? Fazem vendas pelas redes sociais? Há algum projeto neste sentido?
Dimitri Mussard: Abrimos nosso e-shop em 2018 e está indo superbem. Para ser sincero, não acreditava tanto no e-shop, mas tivemos tantas demandas de compras por meio do nosso Instagram que decidimos parar a forma amadora de vender e abrir o e-shop.
Há alguma preocupação com a sustentabilidade na curadoria das marcas?
Dimitri Mussard: Sempre. É um dos fatores que mais levamos em consideração depois do estilo e da qualidade das peças. Não queremos vender um produto porque é sustentável, queremos vender porque é lindo e se é lindo e sustentável melhor ainda. Mais da metade das nossas marcas hoje tem uma preocupação com sustentabilidade o projetos sociais e isso nos dá muita satisfação.
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