Fosun compra a marca de meias Wolford

O investidor chinês Fosun, que acaba de adquirir a Lanvin, terá uma participação maioritária no capital da Wolford. A informação foi confirmada pela marca austríaca de meias e roupa interior de alta gama na manhã de quinta-feira. A Wolford indicou que, uma vez concluída a transação, a participação da Fosun deverá ser de 50,87% do capital.

A marca Wolford, famosa sobretudo pelas suas meias, lingerie e roupa interior, está atualmente em plena restruturação após ter-se deparado com dificuldades há mais de um ano. Cinquenta investidores manifestaram interesse quando, no verão passado, os seus atuais acionistas maioritários anunciaram a sua intenção de vender, entre os quais a então presidente do Conselho de Administração Antonella Mei-Pochtler.
 
A marca anunciou esta manhã que foi a oferta da Fosun que as famílias proprietárias decidiram aceitar. O gigante chinês, cujos investimentos estão espalhados por áreas tão variadas como desenvolvimento imobiliários ou seguros, adquiriu também recentemente uma participação maioritária na casa francesa Lanvin, que atravessava momentos difíceis.

Com sede em Bregenz, no oeste da Áustria, e cotada na Bolsa de Viena, a empresa Wolford registRou uma perda antes de juros e impostos de 15,7 milhões de euros durante o seu exercício financeiro encerrado em abril passado. No primeiro semestre do exercício em curso, a marca voltou ao crescimento com uma progressão de 3,4% nas vendas, mas continua deficitária.
 
Para melhorar a situação financeira da marca, a Fosun levará a cabo, no âmbito da sua operação de compra, um aumento de capital de 22 milhões de euros. Este acordo, com assinatura agendada para 1 de março, entrará em vigor no próximo mês de maio, após a aprovação das autoridades competentes.
 
Os acionistas maioritários da empresa têxtil austríaca, a WMP Familien-Privatstiftung, a Sesam Privatstiftung e a M.Erthal & Co. Beteiligungsgesellschaft (que representa a parte das famílias fundadoras da marca), anunciaram em junho passado a sua intenção de vender uma participação maioritária indefinida da Wolford.

Anaïs Lerévérend com Reuters