Fashion Awards premia Bailey, Aboah, Anderson, Bizzarri, entre outros
O evento Fashion Awards, realizado na segunda-feira (4) à noite em Londres, teve a supervisão de Natalie Massenet pela última vez, uma vez que ela já anunciou que vai se retirar do cargo de presidente do British Fashion Council.

Isso significou que sua presença no tapete vermelho foi tão digna de noticia como a reunião de A-listers como Selena Gomez, Jourdan Dunn, Alexa Chung, Suki Waterhouse, Erykah Badu, Hailey Baldwin, e até Miss Piggy.
As celebridades empolgaram os paparazzi no tapete vermelho, mas no palco principal o foco era o reconhecimento de verdadeiras conquistas, algo que Christopher Bailey certamente entende e, por isso, recebeu um prêmio surpresa antes de sua saída da Burberry. Ele foi homenageado por sua excelente contribuição para a moda britânica em um prêmio apresentado pela editora-chefe da Vogue americana, Anna Wintour.
Ninguém discordou do seu merecimento, afinal ele ajudou a transformar a Burberry em uma das maiores marcas de luxo da Grã-Bretanha, que pode competir com as gigantes europeias e norte-americanas, mas também impulsionou o meio digital e o see now, buy now.
Enquanto isso, Raf Simons ganhou o título de "Designer do Ano", depois do sucesso de seu trabalho na Calvin Klein nas duas últimas temporadas, e outra marca dos Estados Unidos, a Off-White, do estilista Virgil Abloh, também foi reconhecida e nomeada "Top Label de Luxo Urbano", depois de ter atingido o mainstream este ano.
Maria Grazia Chiuri venceu o "Prêmio Swarovski por Mudanças Positivas" apenas alguns dias após uma de suas peças para Dior ter sido nomeada "Vestido do Ano". Os juízes reconheceram seu ativismo e a discussão de questões feministas nas passarelas.
Outra influenciadora, Stella McCartney, que tem falado abertamente sobre a sustentabilidade na moda, recebeu o primeiro prêmio especial de "Reconhecimento pela Inovação", e Donatella Versace foi homenageada com o prêmio "Ícone da Moda". O falecido Azzedine Alaïa também foi reconhecido, não com um prêmio formal, mas com uma homenagem após sua recente morte.
Jonathan Anderson foi um dos grandes vencedores da noite, nomeado "Designer Britânico Do Ano" por sua marca própria, JW Anderson, e vencedor do prêmio "Acessórios" por seu trabalho na Loewe.
O prêmio de "Líder Empresarial" foi para Marco Bizzarri, o homem que não só supervisionou um aumento maciço nas receitas e lucro da Gucci, mas que também pode ser creditado por uma das contratações mais acertadas de todos os tempos. Ele nomeou Alessandro Michele para o mais alto cargo criativo da marca há quase três anos, após a saída de Frida Giannini, assumindo o risco de promover um designer até então ainda relativamente desconhecido, e lhe dando apenas algumas semanas para criar uma coleção masculina para a temporada de desfiles. O resto, como dizem, é história.
Adwoa Aboah também venceu um dos principais prêmios, recebendo o título de "Modelo do Ano". Aboah foi vista em inúmeras campanhas e capas de revista este ano, incluindo a primeira edição da Vogue britânica de Edward Enninful. Ela é a força motriz do coletivo feminista "Gurls Talk" e um ícone para a diversidade da moda, portanto ela ganhar esse prêmio é algo mais significativo do que o habitual.
Enquanto isso, Pat McGrath recebeu o prêmio Isabella Blow de "Curadora de Moda”, para coroar um ano em que sua reputação esteve ainda mais em alta. A make-up artist que se tornou empresária foi nomeada editora de beleza da Vogue britânica, e também lançou a linha de cosméticos "Pat McGrath Labs".
E duas estrelas em ascensão levaram os títulos de “Talentos Emergentes”: Charles Jeffrey, referente à moda masculina, e Michael Halpern, quanto à moda feminina.
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