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Publicado em
3 de mai. de 2022
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5 Minutos
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Fashion Revolution Week UBI 2022: um designer de moda brasileiro e dois portugueses em foco

Publicado em
3 de mai. de 2022

Sob o tema "O Poder Econômico da Moda", o programa de dois dias (27 e 28 de abril) da Fashion Revolution Week UBI 2022, incluiu conferências, workshops, visitas à cidade de Covilhã, exibição de um documentário, peça de teatro e exposição patente até 23 de maio. A Universidade da Beira Interior (UBI), em parceria com a Fashion Revolution, promoveu esta 5.ª edição da Fashion Revolution UBI no Anfiteatro da Parada da UBI, com o pretexto de "chamar a atenção para a necessidade de reimaginar um sistema de moda justo e equitativo para todas as pessoas e para o planeta", disse a organização num comunicado.


Valentim Quaresma destacou a sustentabilidade e reciclagem no seu processo criativo - Fashion Revolution UBI


Ao longo dos dois dias, os intervenientes debruçaram-se sobre a consciência da comunidade global a respeito do valor real do que se compra e do que se usa, sensibilizando para a necessidade de examinar o que estamos realmente a pagar e alertando para a urgência de todos nos juntarmos num novo sistema de moda regenerativo, restaurador e revolucionário.

Foram temas de reflexão a exploração do trabalho e dos recursos naturais, que se apontam na indústria convencional da moda; a riqueza e o poder concentrados nas mãos de poucos, o crescimento e o lucro sobrevalorizados. "As grandes marcas e os varejistas produzem muito rápido e demais, e manipulam-nos num ciclo tóxico de consumo excessivo. Enquanto isso, a maioria das pessoas que fazem as nossas roupas não são pagas o suficiente para atender as suas necessidades básicas", acrescentou o comunicado, frisando que "já se sentem os impactos da crise climática, que a indústria da moda alimenta".

Na série de talks sobre a indústria da moda, distinguimos o contributo do designer brasileiro de ascendência asiática Akihito Hira, que focou a transformação dos desfiles presenciais em desfiles virtuais na pandemia, entre outros assuntos pertinentes; assim como dos designers portugueses Dino Alves, que abordou o projeto de reciclagem do seu atelier, Hospital da Roupa; e Valentim Quaresma, que discursou sobre a criatividade na moda e na arte, focando a experiência nas áreas da joalheria e moda autoral. 


Akihito Hira focou a transformação dos desfiles presenciais em desfiles virtuais na pandemia - Fashion Revolution Portugal


Akihito Hira: indústria 4.0, moda digital e sustentabilidade



O brasileiro Akihito Hira, formado em Ciência da Computação pela Universidade Estadual Paulista, com especialização em Artes Visuais: Cultura & Criação pelo SENAC, convidou à reflexão sobre a reviravolta com a pandemia de COVID-19, em que "muitas empresas do setor têxtil e de confecção tiveram que adequar os desfiles presenciais em desfiles virtuais, valendo-se de tecnologias emergentes e dos principais canais digitais midiáticos para promoção de novas coleções de moda".

Hira alertou assim para a necessidade de digitalização de etapas do processo de desenvolvimento de produtos de moda, que muitas vezes consomem muito tempo e investimento financeiro devido a quantidade de testes e protótipos até conseguir atingir um produto adequado para sua venda no varejo, disse em comunicado, por sua vez divulgado nas redes sociais.

"A sustentabilidade é outro fator crítico no modelo tradicional de desenvolvimento de produtos de moda, já que estamos falando de uma das principais indústrias poluidoras do meio ambiente. Diante do atual cenário que estamos vivendo e o rápido avanço da tecnologia são necessárias adaptações na forma de desenvolver produtos e até mesmo modificar modelos de negócios para um desenvolvimento inteligente, enxuta e com uma produção de alta eficiência", abordou o autor do projeto Alfaiataria 4.0., especialista em Indústria 4.0, mestrando em Têxtil e Moda pela USP. 


Dino Alves relançou o projeto de reciclagem do seuatelier, Hospital da Roupa - Fashion Revolution Portugal

 

Dino Alves: Hospital da Roupa



Dino Alves, licenciado em Pintura pela FBAUP, apresentou o projeto do seu atelier lançado em 2001, Hospital da Roupa - SOS, que dá nova vida a peças de vestuário antigas. "Recuperar peças de roupa antigas, esquecidas ou que por algum motivo já não se usam, transformando-as em peças novas e de autor", é o lema do projeto relança com "mais uma importante contribuição para a reciclagem e o upcycling". 

Ao contrário do que se possa pensar SOS significa “Serviços Operação Surpresa”, uma vez que a surpresa "é um dos fatores diferenciais deste projeto / serviço", disse, acrescentando que pretende “oferecer aos clientes os serviços do atelier de um criador, com a sua linguagem estética e com o DNA da sua marca, transformando peças antigas em peças autorais”.

Dino Alves é considerado um “enfant-terrible" da moda portuguesa, tendo estreado com um primeiro desfile nas “Manobras de Maio” de 1994 e a partir de maio de 1997 na ModaLisboa - Lisboa Fashion Week.

"Os clientes entregam as suas peças no Hospital da Roupa, sem saber previamente que peças irão receber no final. Uma saia ou umas calças podem resultar num top, ou vice-versa, com as mais variadas intervenções resultantes da criatividade do designer, e com uma nova etiqueta – SOS Dino Alves –, que é colocada junto da etiqueta original", explica o comunicado.

Valentim Quaresma: criatividade na moda e na arte



Para Valentim Quaresma que expressa ele próprio a criatividade através da moda e da arte, "é a mais que necessária luz que trespassa a escuridão", como caracterizou o seu último desfile na ModaLisboa com Ana Salazar a desfilar, pioneira da moda portuguesa com quem trabalhou entre 1990 e 2010 como criador de joalheria e acessórios.

Valentim Quaresma que, em 2008, venceu o prêmio "Accessories collection of the Year" na competição Internacional ITS#7 em Trieste, Itália, lançando no mesmo ano a própria marca, anunciou no Instagram a talk sobre "sustentabilidade e reciclagem no meu processo criativo".

"Não há moda sustentável sem uma remuneração justa", ressalvou: "Sabemos que tanto as pessoas quanto a natureza estão a pagar um elevado preço pela exploração e pelo desperdício, não regulamentados da indústria da moda. As marcas e empresas tentam evitar a realidade da crise climática, continuando a perseguir modelos de negócios extrativos e a fazer greenwashing rumo à sustentabilidade. Em 2022, precisamos que as marcas reduzam radicalmente o seu impacto ambiental, afastando o seu foco do crescimento", pode ler-se também no comunicado da Fashion Revolution Week UBI.
 

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