Farfetch abandona peles de animais no final do ano
A Farfetch é o mais recente grande nome do luxo a deixar de vender peles - a proibição terá início em dezembro. A plataforma de e-commerce, que distribui diversos artigos em peles de animais, tem estado sob forte pressão por parte dos ativistas dos direitos dos animais.
No outono passado, por altura da entrada em bolsa da empresa, o grupo PETA comprou ações da Farfetch com o propósito de pressionar o e-commerce de luxo. A organização de defesa dos direitos dos animais declarou então que a compra de ações lhe permitiria participar nas reuniões anuais da empresa e "pedir-lhe publicamente que deixasse de vender peles".
O anúncio da interdição foi bem recebido pela organização humanitária Humane Society International e pela sua filial americana, que declarou ter trabalhado com o varejista online durante anos para levar a cabo esta mudança.
No ano passado, a interdição do uso de peles chegou a diversas marcas de luxo e varejistas: Yoox Net-a-Porter, Gucci, Michael Kors, Versace, Burberry, Donna Karan, Coach, Jean Paul Gautier e Jimmy Choo anunciaram a sua intenção de parar de vender produtos feitos com peles de animais.
Claire Bass, diretora-geral da Humane Society International no Reino Unido, declarou na segunda-feira: "Cada novo anúncio relativo a moda livre de peles prolonga o efeito dominó junto de estilistas e retalhistas. A revolução da moda livre de peles não mostra sinais de abrandar, e casas como Fendi ou Dolce & Gabbana, que ainda vendem peles, parecem cada vez mais desatualizadas e isoladas.”
De acordo com a Humane Society International, no Reino Unido, onde a Farfetch tem sede, as sondagens de opinião mostram que 80% dos consumidores acreditam que as vendas de peles devem ser proibidas.
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