Europa Press
3 de jan. de 2023
FMI alerta que 2023 será "mais difícil que 2022" com um terço da economia mundial em recessão
Europa Press
3 de jan. de 2023
A maior parte da economia mundial enfrentará um ano "mais difícil" em 2023 do que em 2022 devido à desaceleração simultânea nos Estados Unidos, União Europeia (UE) e China, as três maiores economias do mundo, segundo a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva. Um terço da economia mundial estará em recessão este ano.
"Para a maior parte da economia mundial, este será um ano difícil, ainda mais do que o ano que deixamos para trás. Por quê? Porque as três grandes economias, EUA, UE e China, estão desacelerando simultaneamente", disse a economista búlgara em entrevista à rede CBS.
Segundo a diretora do FMI, os Estados Unidos são mais resilientes e podem evitar a recessão, enquanto "metade da União Europeia estará em recessão no próximo ano" e a China vai desacelerar ainda mais.
"Espero que os Estados Unidos não entrem em recessão apesar de todos estes riscos", sublinhou Georgieva, lembrando que, no entanto, o FMI prevê que "um terço da economia mundial estará em recessão" e que, mesmo nos países que evitam a contração, "parecerá uma recessão para centenas de milhões de pessoas".
O FMI antecipa uma desaceleração da economia global que fará com que o crescimento global desacelere para pelo menos 2,7% no próximo ano, em comparação com 6% em 2021 e 3,2% no ano passado.
"E isso se traduz em tendências negativas globalmente", alertou Georgieva, referindo-se aos mercados emergentes e economias em desenvolvimento "onde as perspectivas são ainda mais graves, pois, acima de tudo, são atingidos por altas taxas de juros e valorização do dólar", o que no caso daquelas economias com alto nível de endividamento, "é uma devastação".
Desta forma, Georgieva sublinhou que, embora até agora os países em dificuldades não sejam sistemicamente significativos para desencadear uma crise da dívida, se a lista continuar a crescer "a economia mundial poderá ter uma surpresa negativa".
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