9 de mar. de 2020
Exportações de calçados têm queda de volume e receita
9 de mar. de 2020
No primeiro bimestre do ano, o Brasil exportou 23 milhões de pares de calçados, que geraram US$ 166,7 milhões, quedas tanto em volume (-10,7%) quanto em receita (-8,5%) na relação com igual período do ano passado. Segregando apenas o mês de fevereiro, foram remetidos ao exterior 10,6 milhões de pares, por US$ 75,2 milhões, quedas de 3,3% em pares e de 10% em faturamento em relação ao mês dois de 2019. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).
“Quase tudo o que perdemos foi em função dos Estados Unidos. Além de existir um problema econômico naquele país, que viu suas vendas de calçados despencarem quase 2% no trimestre – o que inibe as importações de uma maneira geral – existe o impacto geral do Coronavírus, especialmente na Ásia e Europa”, avalia o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, acrescentando, ainda, que, em 2019, a base também era muito elevada em função da guerra comercial contra a China.
Segundo Ferreira, a boa notícia é que, com o câmbio atual, em reais, a rentabilidade segue em crescimento. “Em reais, as exportações cresceram 4,9% em fevereiro e 3,8% no bimestre”, informa o dirigente.
No primeiro bimestre, o principal destino do calçado brasileiro no exterior foi os Estados Unidos, para onde foram embarcados 1,98 milhão de pares, que geraram US$ 33,36 milhões, quedas de 32,5% e de 11,6%, respectivamente, ante mesmo ínterim de 2019. O segundo destino do bimestre foi a Argentina, seguida pela França.
O principal exportador de calçados do Brasil no bimestre foi o Rio Grande do Sul, seguido por Ceará e São Paulo.
A alta do dólar também teve impacto nas importações de calçados. No bimestre, entraram no Brasil 5,3 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 69,35 milhões, quedas de 15,8% e de 0,8%, respectivamente, ante o mesmo período de 2019. Segregando apenas fevereiro, a importação foi de 2,5 milhões de pares por US$ 28 milhões, quedas de 28,6% e de 7,5%, respectivamente, no comparativo com o mesmo período do ano passado.
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