Por
Terra
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Publicado em
6 de out. de 2010
6 de out. de 2010
Estilista mantém excelência de McQueen sem angústia
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6 de out. de 2010
6 de out. de 2010
Esqueça dramaticidade e o espetáculo teatral e vire o foco para as roupas. O desfile mais esperado da semana de moda francesa ocorreu na terça-feira (05/10) e mostrou que Sarah Burton, sucessora de Alexander McQueen (ele se suicidou em fevereiro deste ano), aprendeu todas as lições do gênio inglês, com quem trabalhou por 14 anos. Mas como já havia dito em entrevistas, realmente apresentou sua coleção de forma mais limpa, calma e sem angústia.
A diretora criativa da marca McQueen, Sarah Burton, foi aplaudida em sua estreia. Foto: Pixel Formula |
Com inspiração na natureza bruta, a coleção valoriza as formas femininas, principalmente com ênfase nos quadris, alguns bem exagerados. As peças são feitas com o mesmo requinte e rigor do criador da grife. Sem efeitos especiais em sua apresentação, a coleção primavera-verão 2011 trouxe vestidos trabalhados com penas de avestruz pintadas à mão, ou construídos de forma que lembravam heras (espécie de folhas pequenas) que tomavam o corpo da modelo.
Camadas de organza criavam volumes extraordinários em algumas peças. Nos pés, sapatos abotinados, com aparência de porcelana, borboletas esculpidas, franjas vegetais.
Para demonstrar que os tempos dos desfiles-espetáculos de McQueen realmente terminou, no desfile de hoje, Sarah apostou em uma maquiagem básica e cabelos com duas tranças laterais, sem exageros. Nada de enfeites malucos na cabeça ou efeitos especiais.
Realmente, aquilo era possível apenas com McQueen. Sem ele, ficou seu legado principal, roupas de muita complexidade no feitio e sem seguir regras ou tendências. Mas maravilhosamente belas e desejáveis. Sim, Sarah Burton foi aplaudida pela plateia, que a aceitou como substituta verdadeira de alguém insubstituível.
Rosângela Espinossi
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