AFP
22 de ago. de 2016
Estée Lauder: resultados opacos para 2016
AFP
22 de ago. de 2016
O grupo americano de cosméticos Estée Lauder anunciou na última sexta-feira ter tido resultados opacos para seu exercício 2016, exibindo previsões que chegaram a decepcionar um pouco os mercados.
O grupo, que havia anunciado em maio o corte de 1.200 empregos, inscreveu, em especial, custos de reestruturação que chegam a 101 milhões de dólares no quarto trimestre, encerrado a 30 de junho, que pesaram nos seus resultados.
Por consequência, o lucro líquido atingiu no ano 1.115 bilhão de dólares (3.58 bilhões de reais), exibindo avanço de 2%, e volume de negócios de 11.26 bilhões de dólares, +4%, (36.16 bilhões de reais). Os analistas esperavam 11.91 bilhões de dólares.
No quarto trimestre, o lucro líquido foi de 95 milhões de dólares, em queda de 38%, com um volume de negócios de 2.65 bilhões de dólares, este exibindo avanço de 5%. O lucro por ação foi de 0,25 dólar, mas ajustado com elementos excepcionais inscritos no período, chega a 0,43 centavos, face às expectativas de 40 centavos.
Por setor de atividade, as receitas geradas pela maquiagem (42% do volume total de negócios) avançaram no ano 15%, com base em moeda constante, indo a 4.70 bilhões de dólares). As vendas de cremes (39% do volume de negócios) avançaram somente 3%. Aquelas de perfumes avançaram 10% e as de xampus, 7%.
Por regiões geográficas, as vendas no ano, em base constante, avançaram 7% nas Américas, 14% na região Europa, Oriente Médio e África e 5% na Ásia-Pacífico. Para esta última região, o grupo de cosméticos explicou que a desaceleração do turismo da China continental pesou nas vendas.
Quanto ao lucro de exploração, ele se apresentou estável com 1.61 bilhão de dólares, mas caiu 37% no 4º trimestre, indo a 143,7 milhões.
Para o exercício 2017, o grupo prevê um crescimento das suas vendas da ordem de 6% a 7%, em base constante, com lucro por ação compreendido entre 3,20 e 3,30 dólares (entre 3,38 e 3,44 dólares fora encargos). Estée Lauder deve ainda inscrever despesas de reestruturação de 80 a 100 milhões de dólares no exercício 2017. Os analistas esperavam um lucro por ação ajustado da ordem de 3,53 dólares.
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