
Cassidy STEPHENS
2 de nov. de 2022
Estée Lauder corta previsões para o ano devido aos bloqueios na China

Cassidy STEPHENS
2 de nov. de 2022
A Estée Lauder Cos Inc anunciou na quarta-feira (2) que cortou suas previsões para o ano inteiro, antes da temporada de festas, devido aos bloqueios na China e à redução dos estoques dos varejistas americanos preocupados com uma possível desaceleração na demanda.

Após o anúncio da revisão no resultados, as ações da empresa caíram cerca de 9% no pré-mercado.
Os novos bloqueios devido política de zero COVID na China pesaram na atividade comercial do país e na confiança do consumidor, prejudicando o crescimento das vendas de muitas empresas dos EUA, como a Estee Lauder. Muitas empresas na China estão com muitos estoques de produtos que não foram vendidos, já que os consumidores cautelosos mantiveram-se longe de distritos comerciais lotados e destinos de viagem, como Hainan.
A Estee Lauder também disse que os varejistas dos EUA estão reduzindo os estoques, um sinal de que os benefícios do "efeito batom", onde os consumidores compram mais produtos de beleza em vez de itens caros durante uma crise econômica, estão começando a desaparecer antes da temporada de festas.
"Com taxas de juros crescentes e inflação alta, a demanda por cosméticos de luxo pode estar diminuindo, e as expectativas mais baixas de Estee para o ano inteiro podem ser um indicador disso", disse Kunal Sawhney, CEO da empresa de pesquisa de ações Kalkine Group.
A Estee Lauder sinalizou que os ventos contrários da moeda global também afetarão sua previsão para o ano inteiro, já que o fortalecimento do dólar prejudica os lucros das empresas que operam internacionalmente.
Os bloqueios na China devido à Covid também foram prejudiciais, gerando uma queda de 6% no segmento de maquiagem da empresa americana.
A companhia espera agora que as vendas líquidas de 2023 diminuam entre 6% e 8%, em comparação com a previsão anterior de um crescimento de 3% a 5%. O lucro ajustado por ação, por sua vez, deve diminuir entre 19% e 21%, em comparação com a previsão anterior de um crescimento de 5% a 7%.
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