Os estampados vivos reinam no verão, principalmente este carioca - verdadeiro, de 40ºC - 12 de janeiro de 2010 Foto: Carlos - Zambrotti/AgNews Direto do Rio de Janeiro

Os estampados vivos reinam no verão, principalmente este carioca verdadeiro, de 40ºC. Para o inverno, as passarelas apresentam estampas sim, de xadrezes a florais, mas o que está em quase todas as passarelas são mesmo os camuflados ou geométricos que se camuflam em abstratos.

Explicando: riscos, rabiscos, imagens, desenhos, traços sobrepostos, que criam uma espécie de abstracionismo geométrico, vão esquentar os dias frios. Os tons das estampas não são tão vivos, puxam mais para os profundos, como o mar revolto de Mara Mac, num cinza-turbulento; o camuflado urbano, de Graça Ottoni, que mistura muitos tons; as centenas de riscos coloridos de Juliana Jabour; a inspiração da
TNG, a partir de folhas secas do Canadá e Alasca, num tom amarronzado; e claro, a Coven, com o camuflado puro em seus tricôs, nas tonalidades verde-militar e azul-escuro.

Cláudia Simões traduziu a tendência abstrata ao extremo, com a inspiração em Jackson Polock e Mark Rothko, ícones do expressionismo americano, em tons que iam do cinza ao cereja, passando por azuis e pretos. Não foi a única estampa da grife: xadrezes e geométricos também desfilaram.

O xadrez aparece bem em várias, mas claro, não é novidade. Os quadriculados já dão pinta há algumas estações, ainda mais para o inverno. Mas dá para se destacar os da TNG, da Coven e da Cantão, este com suas nuances violáceas em tie-dye. As flores e folhas aparecem de forma delicada na Cavendish, com inspiração nas colhedeiras de folhas de chá, e mais diluída no desfile de Victor Dzenk, que buscou suas formas e estampas nas festas de vinho da mitologia grega.

Pois bem, aposte na sua preferência, com moderação. O look total, como apareceu numa das modelos de Marcia Simões, é apenas efeito de passarela. Escolha uma estampa e depois combine com peças básicas. Não tem segredo.

Rosângela Espinossi