3 de jan. de 2017
Especialista fala de tendências de comportamento e consumo para 2017
3 de jan. de 2017
É difícil apontar uma tendência para futuro em um mundo em constante transformação. O Netflix, por exemplo, desembarcou no Brasil há 5 anos e hoje tem um faturamento maior que o SBT e mais assinantes que a operadora Sky. Difícil, mas não impossível.

Martha Terenzzo aceitou esse desafio da Consumidor Moderno. Ela, uma professora de inovação da ESPM e que já foi responsável pelas diretorias de marketing e inovação de empresas como Cargill, Reckitt Benckiser, Sadia, Parmalat e Ajinomoto falou sobre tendências como nomadismo, entretenimento estratégico (a sua próxima disciplina na escola) e até mesmo sobre a avassaladora força do empreendedorismo e, consequentemente, de hackatons.
Veja os pontos destacados pela especialista:
Menos é mais – “A retração continua no próximo ano. Vamos ver o consumidor mais responsável. Nesse contexto, o consumidor aprende a consumir de maneira mais crítica e ganha importância o storytelling. Se a o contato com a marca ruim, o cliente vai passar a punir a empresa.”
Emprego em baixa, empreendedorismo em alta – “A falta de emprego é a oportunidade para gerar pequenos empreendedores. O micro vem crescendo e, com ele, surge outro movimento o hackaton – uma espécie de maratona de programação. Jovens serão protagonistas dessa corrida, que sairão das universidades querendo montar os seus negócios.”
Nomadismo – “É uma tendência. O jovem se desloca mais rápido, movimenta-se pelo mundo. Existe a possibilidade dele morar em um determinado bairro por um mês e depois seguir para outro lugar. Isso cria um novo modelo de moradia de alta rotatividade. Além disso, há um novo perfil. Temos uma pessoa menos apegada a bens materiais. Além disso, o nomadismo pode ser dentro da própria cidade. Esse mesmo jovem também não possui carro e adora esses modelos compartilhados, como é o caso do Uber e AirBnb.”
Simplicidade – “Quando menos é mais, eu tenho opção de simplificar tudo o que eu vivo. Ter menos é ser prático, é ser minimalista.”
A hora do debate – “Definitivamente, haverá a inclusão de assuntos como o LGBT, que deve ganhar força dentro das estruturas acadêmicas. Nesse sentido, os assuntos os conflitos internos devem crescer: de um lado homossexuais e, de outro, evangélicos. E não devemos esquecer que estamos nos tornando um país evangélico. Penso que deve crescer o extremismo e a quantidade de haters deve crescer não apenas no Brasil, mas no mundo.”
Entretenimento estratégico – As marcas, todas elas, estão se tornando marcas de grande entretenimento. O Lego não é mais uma pecinha de plástico, mas uma marca que oferece algum tipo de entretenimento. O Red Bull é outro exemplo. O energético é proibido em alguns lugares da Ásia, mas está presente nesses países por meio dos esportes radicais. Devemos entender que o produto é falível. O que estou ‘vendendo’ é uma ligação imaterial, é algo quase intangível. Como eles ganham dinheiro? Eles vendem espaço na TV ou mesmo nos esportes.”
Fonte: Consumidor Moderno
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